Condomínio de luxo em Orlando mira em investidores brasileiros

Condomínio de luxo em Orlando mira em investidores brasileiros

A compra de imóveis é uma das opções preferidas do brasileiro para investir. Um estudo realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojista (CNDL) mostra que a modalidade perde apenas para a poupança, revelando o perfil conservador desse investidor. Conservador, mas nem tanto. A Magic Development, grupo de empreendedores da Flórida, aposta nesse público para a comercialização do Magic Village by Pininfarina, condomínio de luxo em Orlando, nos Estados Unidos, em parceria com empresas de atuação regional no país, como a Galvão Vendas, em Curitiba.

“Não apenas para o investidor, essa é uma oportunidade de investimento ao comprador brasileiro pelo financiamento atrativo e pelos ganhos com a locação por temporada. Esses são grandes diferenciais frente às opções de rendimento com aluguel no Brasil, além dos ganhos com a dolarização do patrimônio e de uma receita em moeda estrangeira, mais valorizada do que a nacional”, comenta o gerente regional de vendas Sul e Sudeste da Magic Development, Rodolfo Milanez.

A opção de investimento tem conquistado os compradores curitibanos. “Estamos trabalhando a venda do empreendimento há pouco mais de 30 dias e temos registro de vendas, além de diversas negociações encaminhadas. Nossa expectativa era de 20 unidades comercializadas até o fim do ano, mas acreditamos que vamos atingi-la antes desse prazo”, revela o diretor da Galvão Vendas, Gerson Carlos da Silva.

O Magic Village by Pininfarina é o terceiro empreendimento do complexo imobiliário Magic: o primeiro, com 180 casas, foi entregue em 2016 e o segundo, com 194 casas, em fevereiro de 2018. Diferente dos anteriores, ele tem a assinatura do estúdio de design italiano que é reconhecido internacionalmente por realizar projeto de marcas como Ferrari e Rolls-Royce.

A entrega Magic Village by Pininfarina será em 5 fases, a primeira prevista para 2020 e a última para 2025. Ao final, o complexo imobiliário Magic terá 450 residências entregues, contabilizando um Volume Geral de Vendas (VGV) de US$ 270 milhões (R$ 1,08 bilhão, considerando o dólar a R$ 4,00). Entre os proprietários, estão celebridades como Juliana Paes, Leandro Hassum, Murilo Rosa, além do diretor de TV, Jaime Monjardim.

Localizado próximo ao Walt Disney World, o empreendimento abriga 450 casas, com 3 suítes, 270 m² de área total e preço de US$ 488 mil a US$ 503 mil (R$ 1,95 milhão a R$ 2,01 milhões) e com 4 suítes, 285 m² de área total e preço de US$ 530 mil a US$ 545 mil (R$ 2,12 a R$ 2,18 milhões). Os opcionais, que incluem kit mobília, spa e churrasqueira privativa, podem representar um acréscimo de US$ 92,4 mil (R$ 370 mil), considerando a cotação do dólar a R$ 4,00.

O empreendimento tem área de resort com 11,2 mil m², incluindo clubhouse 24 horas (com restaurante, bar de vinhos e personal chef), concierge com serviços personalizados, piscina aquecida com borda infinita, salão de jogos e lounge, quadra de tênis e poliesportiva, brinquedoteca, business center, fitness room, Wi-Fi gratuito e um lago, além de centro de convenções para atender o turismo de negócios.

O investimento funciona na modalidade chamada de condo-hotel, ou seja, o proprietário que adquire uma das casas destina o seu imóvel a um pool hoteleiro, responsável pela administração do imóvel. No Magic Village by Pininfarina, essa gestão será feita pela Trust Hospitality, que será responsável pelo envio dos demonstrativos de ocupação, balanço financeiro e pagamento das contas e despesas do imóvel ao proprietário, check in e check out, manutenção e limpeza.

A infraestrutura de lazer e os serviços agregados geram atratividade para investidores e usuários, garantindo uma taxa de ocupação de 65% a 85% ao ano. As diárias estimadas são da ordem de US$ 375,00 (R$ 1.500,00), com receita líquida mensal de US$ 3.700,00 (R$ 14.800,00), considerado a cotação do dólar a R$ 4,00.

Segundo Milanez, o público-alvo de locação das casas são os próprios norte-americanos, que correspondem a 91% do total de visitantes. “São famílias de alta renda que desejam o mais alto nível de serviços e comodidades de hotel. Hoje, somos associados a vários canais de locação, como a rede Wyndham, o que gera muita visibilidade e atratividade para nossos empreendimentos”, comenta.

O gerente regional de vendas Sul e Sudeste da Magic Development, Rodolfo Milanez, afirma que a compra de uma residência no Magic Village by Pininfarina é uma “alavancagem inteligente”. Ele explica o porquê: a valorização imobiliária em Orlando é de 9,5% ao ano, ante a uma taxa de juros de 4,5% a 5% ao ano para financiamento em até 360 meses. “Os altos rendimentos com a locação de temporada pagam a amortização, juros, impostos e custos totais da propriedade, gerando receita líquida financeira real ao final da operação de locação”, argumenta.

O diretor da Galvão Vendas, Gerson Carlos da Silva, lembra que, no Brasil, os bancos mais competitivos nesse tipo de financiamento são Bradesco e Itaú, que praticam juros médios de 9,0% a 9,5% ao ano para imóvel de carteira hipotecária. “Custa o dobro financiar um imóvel por aqui”, observa.

Entretanto, a cota para financiamento é menor do que no Brasil: a relação é de 50% durante a construção do imóvel e de 50% do saldo financiado, enquanto por aqui a proporção é de 20/80. Outra diferença é que nos Estados Unidos o pagamento é feito por um cartório que faz a contratação do crédito e não diretamente na instituição financeira. “A incorporadora disponibiliza empresas parcerias para auxiliar o comprador em todos esse processo”, destaca Silva.

Nem a variação do câmbio, que levou a cotação do dólar a bater a casa dos R$ 4,19 em função do processo de eleição presidencial no país, deve inviabilizar o investimento para os brasileiros, segundo Silva. “O dólar tem pouca ou nenhuma interferência neste contexto. Quando consideramos o ganho com a locação e a valorização do ativo, no atual momento, não se encontram frentes para comparar com as possibilidades de rendimento que o negócio oferece. Além disso, temos a entrada subsidiada, portanto, o investidor protege-se destas eventuais oscilações de especulação”, explica.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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