Menor movimentação de estoques continua influenciando exportações de suco de laranja

Menor movimentação de estoques continua influenciando exportações de suco de laranja

Os embarques totais de suco de laranja brasileiro (FCOJ Equivalente a 66º Brix), no período de julho a outubro, que marca os primeiros quatro meses da safra 2020/2021, fecharam com um volume de 319.574 toneladas. O número representa uma redução de 19,17% em relação ao mesmo período da safra passada, quando foram exportadas 398.064 toneladas. Em faturamento, as exportações somaram US$ 458,6 milhões no período, 33,3% menor ante as US$ 687,2 milhões registradas de julho a outubro de 2019.

Segundo o diretor-executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto, as principais razões para a baixa continuam sendo a alta produção de suco na safra passada e a consequente recomposição nos estoques do produto. “Na safra passada tivemos uma produção de 1,2 milhão de toneladas de suco, 37,4% acima do período anterior. Isso permitiu recompor os estoques internacionais de suco brasileiro”.

Em 30 de junho de 2019 os estoques globais de suco de laranja em poder das empresas associadas à CitrusBR eram de 253.181 toneladas. Após o processamento da safra 2019/20, 36% maior que anterior e meses de ritmo forte de embarques, esses estoques foram recompostos a 471.138 toneladas em 30 de junho de 2020.

Segundo Netto, devido à bieanualiade da citricultura, que alterna anos de maior e menor produção, esse fenômeno tem sido comum, conforme observado no gráfico abaixo. Em anos de safras maiores as exportações são mais intensas em comparação a safras menores nos meses iniciais de cada ano safra. “Isso não significa que as exportações serão menores nesta temporada, mas indica, por enquanto, uma necessidade menor de ser transferir produto para os pontos de venda mundo afora”, analisa.

Entre os diferentes destinos a Europa continua a ser o principal das exportações brasileiras, com uma participação de 66,49%, seguida de Estados Unidos (17,12%), Japão (7,06%), China (4,43%) e Austrália (2,11%). Outros destinos representam 2,25%.

Mercados

Para a Europa as exportações totalizaram 212.472 toneladas, uma redução de 26,5% em relação às 289.031 toneladas embarcadas no mesmo período na safra 2019/20. Em faturamento, os embarques somaram US$ 310,1 milhões, valor 38,8% menor em relação aos US$ 506,5 milhões registrados na safra passada.

As exportações para os Estados Unidos cresceram entre os meses de julho e outubro. Foram embarcadas 54.704 toneladas de suco de laranja, 2% acima das 53.624 toneladas contabilizadas no mesmo período da safra anterior. Em faturamento, a queda atual representou 8,8%, com US$ 78,2 milhões ante os US$ 85,7 milhões obtidos entre os meses de julho e outubro de 2019.

Os embarques de suco de laranja para o Japão registraram queda de 6,6% nos primeiros quatro meses da safra 2020/2021, com um volume de 22.572 toneladas. No mesmo período da safra passada, os embarques foram de 24.156 toneladas. O faturamento recuou 27,3%, com US$ 31 milhões ante os US$ 42,7 milhões da safra passada.

Já a China importou no primeiro quadrimestre da safra 2020/2021 o total de 14.173 toneladas, volume 11,1% menor do que o registrado no período na safra 2019/2020, com embarques de 15.940 toneladas. Em faturamento, houve queda de 27,2%, com US$ 16,6 milhões ante os US$ 22,8 milhões faturados na safra anterior.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *