Dicas para como começar a empreender em 2021

Dicas para como começar a empreender em 2021

O Brasil tem mais de 12.700 startups, segundo o último levantamento da Associação Brasileira de Startups (Abstartups) de fevereiro de 2020. Levando em conta esse crescimento no interesse em empreender mais a cada ano, Beatriz Montiani, diretora de Inovação da Visa e responsável pelo Programa de Aceleração, separou dicas essenciais para quem deseja começar uma startup em 2021.

Resolva uma dor (de fato) do mercado

Não basta ter uma sacada incrível, é preciso saber se existe mercado para essa ideia. É preciso pensar se o negócio resolverá alguma dor que nenhuma outra solução ainda conseguiu resolver de forma efetiva e se o mercado é grande o suficiente para escalar a solução. 

Mapeie seus concorrentes

Antes de colocar sua ideia em prática faça uma pesquisa de mercado para mapear os seus possíveis concorrentes diretos e indiretos. Muitas ideias podem parecer inovadoras e únicas no ponto de vista de quem as cria, mas quando pesquisadas a fundo é possível notar que já existe um produto que resolve essa dor no mercado com a mesma proposta há anos. Isso não quer dizer que, ao encontrar um modelo de negócio parecido, você deve jogar sua ideia fora, afinal grandes empresas têm grandes concorrentes. Se a sua ideia se propõe a resolver o mesmo problema de uma forma mais efetiva isso já é um diferencial.

Valide a sua ideia/solução com os usuários

Ter uma ideia incrível para solucionar uma necessidade trazendo uma experiência melhor,  ganho de tempo ou ainda mais eficiência é ótimo, mas é essencial validar com o consumidor/usuário final antes de investir tempo e dinheiro no desenvolvimento de uma plataforma ou aplicativo mais completo, por exemplo. Assim, mais vale um MVP (sigla em inglês para “Produto Mínimo Viável”) validado com o usuário, recebendo feedbacks e insights, do que construir e lançar uma solução no mercado já pronta, sem ter informações relevantes e se de fato há apelo para os consumidores. 

Crie um plano de negócio

Com a ideia identificada, mapeamento de possíveis soluções concorrentes e o entendimento das necessidade dos usuários finais, é a hora de criar o plano de negócio e colocar “no papel” a sua solução, permitindo que se enxergue de forma mais clara os objetivos: para que a solução veio? Qual é o mercado-alvo (quais são os desejos e anseios desse consumidor)? Qual é o tamanho deste mercado? O quão atrativo ele é? Há barreiras de entrada? Quais seriam os canais de distribuição? Qual é o perfil do time, forte o bastante, para entregar a solução? Quais passos devem ser dados para que os objetivos sejam alcançados (roadmap)? Concorrentes, metas, indicadores financeiros (dentre eles, o Custo de Aquisição de Clientes – CAC) e estratégia de marketing/distribuição devem constar no seu plano.

Ter um bom pitch de vendas ou mesmo um bom material para buscar investidores é crucial. Dedique um bom tempo a este material, seja caprichoso, organizado e tenha uma linha de raciocínio clara. A primeira impressão é a que fica. Então, mãos à obra!

Tenha um time qualificado e complementar

Para garantir o sucesso da sua startup é preciso cercar-se de profissionais qualificados e com habilidades e conhecimentos complementares aos seus que garantam que o negócio tenha sucesso. Afinal, é o time que faz o negócio funcionar. Além disso, a distribuição de equity para ter sócios tende a ser fundamental para gerar mais valor para seu negócio, principalmente quando o empreendedor avalia suas limitações com experiências empresariais, conhecimentos técnicos e aspectos financeiros do negócio. Todos devem estar no mesmo barco com o mesmo objetivo.

Busque parcerias e divulgue o negócio

Nessa etapa você já deve ter bem claro quem devem ser seus possíveis parceiros e qual é o melhor canal de distribuição. Então, vá atrás deles e apresente o seu negócio, mostrando o quanto a sua solução é essencial e por que eles deveriam fechar negócio com você. Em paralelo, invista na divulgação em redes sociais, sites, publicidade e tudo que possa fomentar a sua startup no mercado e atrair tanto clientes quanto investidores.

Além de todos esses pontos importantes citados divididos com quase 70 startups durante os quatro anos do Programa de Aceleração Visa, Beatriz Montiani complementa: “é necessário muito trabalho, vontade de fazer a diferença e muita resiliência. Nem sempre as coisas acontecem da forma planejada, conforme o roadmap definido. Por isso, nunca deixe de ter flexibilidade para mudar de rota, buscar novos parceiros, testar e (re)testar sempre que preciso”.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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