Pesquisa revela que investidores retirariam investimentos de empresas que não tenham ações concretas de ESG

Pesquisa revela que investidores retirariam investimentos de empresas que não tenham ações concretas de ESG

O crescimento das práticas ESG no mundo e, principalmente, nas empresas chega também no planejamento dos investidores. De acordo com o estudo “PwC Global ESG Survey”, 79% dos mais de 360 investidores ouvidos afirmam que a prática de ESG impacta as tomadas de decisão de investimentos. Quase metade (49%) afirmam que pretendem retirar recursos de empresas sem ações reais em ESG.

Os participantes do estudo são gestores de ativos, analistas de grandes empresas e bancos de investimento e corretoras. Para 82%, o ESG deve estar diretamente ligado às estratégias de negócios das companhias.

Outro dado que chama atenção é que para 66% dos participantes o responsável pelas políticas e estratégias ESG deve ser um executivo com cargo de alto nível e de grande responsabilidade, como o CEO da empresa que deveria estar à frente dessas ações na avaliação de 53% dos entrevistados.

No topo das prioridades em ESG, os investidores ouvidos pela firma colocaram a redução das emissões de carbono como o grande destaque (65%), seguido de oferecer um ambiente seguro de trabalho (44%) e promover diversidade e inclusão nas equipes e nas diretorias.

“Ter uma estratégia ESG bem definida, com ações concretas e informações bem detalhadas e divulgadas ao mercado são fundamentais hoje e ainda mais nos próximos anos, quando os investidores estarão cada vez mais atentos a tudo que as empresas estão fazendo no âmbito socioambiental”, afirma Mauricio Colombari, sócio da PwC Brasil.

Sacrifício válido

A maioria dos participantes do estudo  (75%) afirma que vale sacrificar a lucratividade de curto prazo em prol das questões ESG. “Essas descobertas devem dar algum conforto às empresas que poderiam temer uma eventual crítica por parte de investidores diante de reduções no lucro por ação”, completa Colombari.

Por outro lado, um percentual parecido, 81%, afirma que só estaria disposto a aceitar um corte de um ponto percentual ou menos no retorno do investimento.

Quase metade, 49%, não está disposto a aceitar qualquer redução.

A pesquisa apontou também que 1/3 dos investidores avaliam a qualidade das informações divulgadas sobre ESG como boas o suficiente, entretanto há uma lacuna importante nessas informações, o que dificulta uma avaliação clara sobre as performances ESG das companhias, tornando a decisão de investimentos mais difícil.

Os investidores ouvidos pela PwC disseram ainda que querem ajudar as companhias nesse engajamento na jornada ESG, mesmo que seja com seu poder de voto e, se necessário, vendendo seus ativos. A pesquisa completa está disponível no link.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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