2022 é o ano das criptomoedas. Saiba como investir

2022 é o ano das criptomoedas. Saiba como investir

Especialista dá conselhos importantes para quem quer investir no criptomercado

Tão faladas em 2021, a tendência é que as criptomoedas continuem como uma das principais apostas de investidores neste ano. Segundo especialistas, 2022 será ainda melhor para quem pretende investir no setor, pois o criptomercado começou a superar barreiras e hoje passa por um grande processo de disseminação. Cada vez mais seguro e prático, ele está competitivo e aquecido. Para melhorar o cenário, as transações que envolvem a tecnologia blockchain são cada vez mais confiáveis e transparentes.

Um estudo apresentado no ano passado revelou uma grande redução em atividades criminosas envolvendo criptomoedas. A empresa CipherTrace, responsável pela análise, apontou que apenas 0,34% das transações feitas em 2020 em sistemas blockchain eram provenientes de atividades ilícitas. No ano anterior, 2019, a porcentagem era de 2,9%, ou seja, os cibercrimes nesta área são pequenos e continuam caindo. Observando valores, atividades ilegais no criptomercado podem passar dos US$ 10 bilhões, porém ao comparar com os mais de US$ 2 trilhões oriundos de organizações criminosas e lavagem de dinheiro registrados em grandes bancos mundiais (segundo o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos), é muito menor.

“O criptomercado tem conseguido revolucionar a forma como as pessoas lidam com o seu dinheiro”, afirma Francisley Valdevino da Silva, CEO da Intergalaxy SA (www.intergalaxy.io), empresa especializada em tecnologia e comunicação que desenvolve softwares, interfaces e aplicativos através da rede Blockchain. Segundo o especialista, o registro de transações no sistema blockchain é prático e fica destacado na cadeia de blocos sem a possibilidade de alteração, sendo verificado facilmente por diversos usuários. “A cada dez minutos, um novo bloco é adicionado ao último, criando toda uma sequência de dados para fazer a verificação da informação. Ao eliminar etapas burocráticas do processo financeiro, que levanta suspeitas para quem desconhece o processo, na verdade está se criando um sistema mais transparente e confiável”, explica Silva.

Além da questão tecnológica, o criptomercado lida ainda com outro fator: os usuários. Aqui, podem surgir diversos problemas que independem da segurança oferecida pelo blockchain. Há desde investidores que não estudam o mercado (e se assustam com a rápida flutuação de valores das criptomoedas) até pessoas que esquecem as senhas de suas carteiras digitais e perdem seus criptoativos. “Atividades em moedas como Bitcoin têm suas peculiaridades e não são iguais a movimentações tradicionais, demandando análise, dedicação, segurança e atenção”, Silva detalha.

Enquanto a tecnologia blockchain avança, diminuindo a cada ano o volume de golpes, os possíveis investidores do criptomercado podem se atentar para algumas questões antes de iniciar suas transações. O CEO da Intergalaxy dá algumas dicas de segurança para os iniciantes, lembrando de vários golpes realizados no universo digital:

1 – Pesquisar é muito importante

Estude! Por ser novo, o mercado exige um investidor atento e muito informado. Devore notícias e informações reais sobre os criptoativos. Além dasmilhares de criptomoedas, estamos tratando de um segmento com muitas peculiaridades que você precisa conhecer. Esse é o primeiro passo para quem quer investir com tranquilidade e segurança.

2 – Cuidado com falsos sorteios

Falsos brindes ou sorteios são formas de enganar e roubar criptoativos. Um dos golpes mais comuns é o anúncio de que o investidor ganhou um prêmio, mas precisa enviar uma fração de Bitcoin para desbloquear.

3 – Fique de olho nos e-mails Phishing

E-mails phishing são aqueles que apresentam alguns links e arquivos para baixar e, quando o usuário clica ou faz download, é infectado com algum vírus que danifica o aparelho, ou ainda é direcionado a um site fraudulento imitando o endereço original, para roubo de dados. Se não tiver certeza de que o e-mail é seguro e verídico, não clique em links.

4 – Seja cauteloso

Não coloque todo o seu capital logo na primeira vez de investir, seja em qual área for. É importante ter paciência e testar o investimento antes de aportar um valor maior. Confira os resultados antes de tomar qualquer decisão de dar continuidade aos investimentos.

5 – Empresas certificadas

Na hora de escolher uma exchange, corretora ou empresa pela qual irá comprar ou vender criptoativos, pesquise o histórico no mercado, veja as garantias dadas, busque conversar com alguém que já investe há algum tempo e leia relatos de clientes reais. Desconfie de negócios que acabaram de começar e precisam de investimento inicial alto. É importante conferir, também, se o endereço físico da empresa realmente existe e se ela é regulamentada por alguma instituição ou associação reconhecida.

6 – Especialista de confiança

Tenha um profissional do mercado que você possa consultar em qualquer momento do dia. Aquela pessoa extremamente capacitada que vai acabar com suas dúvidas e preocupações. Alguém que você possa falar abertamente sobre investimentos e que, principalmente, esteja preparado para te dar o suporte necessário de maneira objetiva.

Pagamento de salário por meio de criptomoedas no Brasli

Receber parte do salário em uma moeda descentralizada, de fácil acesso em qualquer canto do mundo. O que parece algo futurista está cada vez mais próximo de ser realidade. O Projeto de Lei 3908, de 2021, de autoria do deputado paranaense Luizão Goulart (Republicanos), que tramita na Câmara dos Deputados, pode permitir, já a partir de 2022, que parte do pagamento dos setores público e privado possa ser feito por meio de criptomoedas, entre elas o Bitcoin.

As vantagens desse tipo de transação podem favorecer tanto empregador quanto empregado. “As criptomoedas usam o sistema decentralizado, ou seja, suas transações são controladas por uma só pessoas ou entidade central. Nossa proposição vem ao encontro dessa modernidade, estabelecendo que de forma opcional o trabalhador possa receber parte de sua remuneração em qualquer tipo de criptomoeda vigente no mercado financeiro”, explica o deputado federal Luizão Goulart.

Uma das principais características das criptomoedas é justamente a descentralização. Por não estarem submetidas a nenhum governo em específico, podem ser aceitas em qualquer país. “Geralmente baseadas no valor do dólar, elas têm maior alcance que a moeda estadunidense sem deixar de apresentar valor real em transações”, aponta Francisley Valdevino da Silva. A possibilidade de receber parte do salário em bitcoin ou outra moeda digital já está sendo discutida em outros países. El Salvador já aceitou bitcoin como sua moeda oficial e permite que funcionários escolham se recebem pagamento em dólar ou na criptomoeda, e as empresas são obrigadas a acatar a decisão.

Para os funcionários, o pagamento em moedas digitais tem vantagens como o acesso em qualquer parte do mundo e facilidade de compras internacionais, por exemplo. “Isso também favorece o investimento, caso o empregado queira investir, sem precisar comprar criptoativos e tendo uma entrada regular de valores. O recebimento de parte do salário ainda em real brasileiro mantém a economia nacional em alta de forma responsável e auxilia funcionários a administrar melhor as duas moedas para sua economia familiar”, completa Silva.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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