Paraná tem o 3º maior índice de ocupação de imóveis do Brasil

Paraná tem o 3º maior índice de ocupação de imóveis do Brasil

Cidades com menos domicílios vagos estão na região Sudoeste do Estado

Com 83,7%, o Paraná é um dos estados que possui o maior índice de imóveis permanentemente ocupados do Brasil, conforme dados do Censo Demográfico 2022, divulgado nesta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre as unidades da Federação, o Estado está atrás apenas do Distrito Federal, que possui uma taxa de 84,2%, e aparece praticamente empatado com Roraima, que possui os mesmos 83,7% de ocupação (a diferença é de 83,704014877609% para RR e 83,7040126113882% para o PR).

No total, o Paraná teve um acréscimo de quase 1,3 milhão de domicílios nos últimos 12 anos, passando de 3,75 milhões para pouco mais de 5 milhões, sendo o 6º maior neste quesito e se aproximando do Rio Grande do Sul, o 5º colocado com 5,3 milhões.

De acordo com os dados do IBGE, há 4,21 milhões de domicílios espalhados pelos 399 municípios paranaenses que encontram-se ocupados de forma permanente, o 6º maior em números absolutos. À frente do Paraná, estão São Paulo (16,2 milhões), Minas Gerais (7,5 milhões), Rio de Janeiro (6,1 milhões), Bahia (5,1 milhões) e Rio Grande do Sul (4,25 milhões).

Entre os municípios paranaenses com maiores índices de ocupação, o maior destaque é para a região Sudoeste do Estado, que possui as quatro cidades com menos imóveis vagos: Santo Antônio do Sudoeste (99,8%), Santa Izabel do Oeste (97,9%), Salto do Lontra (96,2%) e Bela Vista da Caroba (94,8%).

Na outra ponta, estão cidades conhecidas pelo alto volume de casas de veraneio, como o Litoral do Estado, incluindo Pontal do Paraná (31,8%), Matinhos (33,4%) e Guaratuba (43%), bem como os municípios localizados nas chamadas praias de água doce na região Noroeste, como Porto Rico (40,5%), Alvorada do Sul (59,5%) e São Pedro do Paraná (60,2%).

Poucos domicílios improvisados

Além do baixo índice de desocupação, o Paraná também aparece como o 4º estado com menor proporção de domicílios improvisados, com uma taxa de 0,048% do total (2.431). Na frente estão Rio Grande do Sul (0,037%), Santa Catarina (0,047%) e Ceará (0,048%).

Segundo o IBGE, se encaixam nesta categoria locais como lojas, fábricas, prédios em construção, vagões de trem, carroças, tendas, barracas, grutas, entre outras que serviam de moradia quando foi realizado o trabalho de campo do instituto.

Uma das maneiras de melhorar ainda mais este quadro é com investimentos em habitação de interesse social com a construção de moradias populares. Neste sentido, o Governo do Estado anunciou no início de junho um aporte de R$ 800 milhões para o programa Casa Fácil Paraná, que deverá ser usado para facilitar o acesso à casa própria para 40 mil famílias. Esse será o segundo ciclo do programa, após um aporte de R$ 470 milhões para 32 mil casas.

Os recenseadores também identificaram a existência de 812 mil moradias particulares permanentes não ocupados no Paraná (16,15% do total). Destes, 540 mil estão vagos e 272 mil são de uso ocasional, utilizados pelas famílias em datas específicas, como fins de semana, férias e feriados.

“Os domicílios vagos são aqueles em que não há ninguém morando. Já os de uso ocasional são aqueles que são ocupados parte do tempo, como os de veraneio. De 2010 para cá, o aumento de domicílios ocupados foi maior, em números absolutos, mas em termos de proporção, os não ocupados tiveram um ganho maior no período em todo o Brasil”, explica o gerente técnico do Censo, Luciano Duarte.

Litoral

Entre os municípios paranaenses com maior proporção de residências de uso ocasional estão Pontal do Paraná, com 61,3%, e Matinhos, com 61,1%, que figuram na 9ª e 10ª colocação nacional neste indicador respectivamente. Além do aumento no número de casas de veraneio, as duas cidades registraram expressivos aumentos em relação aos moradores, passando de 20.920 para 30.425 no caso de Pontal do Paraná (45,43%) e de 29.428 para 39.259 no caso de Matinhos (33,41%).

Obras como a revitalização da orla de Matinhos, com consequente engorda da faixa de areia, e projetos como a duplicação da PR-412 entre as duas cidades e a construção da ponte de Guaratuba ajudam a explicar a alta no interesse de moradores e turistas pelo Litoral na última década.

Confira os números de domicílios recenseados por espécie no Paraná.

Confira o índice de imóveis permanentemente ocupados por estado.

Confira o índice de domicílios improvisados por estado.

 

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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