Demissão humanizada existe? Saiba como lidar com o desligamento da empresa

Demissão humanizada existe? Saiba como lidar com o desligamento da empresa

Uma demissão nunca é uma situação boa, nem para o líder que demite o funcionário, nem para o colaborador que é demitido. Ainda que o funcionário espere por uma demissão, a hora do desligamento costuma ser envolto de uma série de emoções distintas.

Segundo o professor de Gestão de Pessoas da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), Marcelo Treff, a demissão nunca é um processo simples. “Nós latinos temos dificuldades em romper vínculos e receio de estremecer relacionamentos, porque a decisão pode ser encarada como pessoal. Além disso, em tempos de altas taxas de desemprego e aumento do endividamento das famílias, as pessoas tendem a temer mais pelo futuro quando perdem o emprego”, afirma.

Na opinião do especialista, demissão humanizada é uma tentativa das organizações ou dos gestores de amenizar o processo demissional, o que nem sempre funciona porque não existe padrão. Grandes Empresas costumavam investir na recolocação (outplacement) das pessoas que estavam sendo demitidas, como uma forma de agradecimento aos serviços prestados. No entanto, geralmente essa recolocação acontecia para cargos executivos, de gerência média para cima.

Como demitir com empatia?

Para o líder que está na posição de demitir um funcionário, Treff diz que é de bom tom que a organização ou o gestor justifique a demissão, mesmo aquelas sem justa causa.

“A melhor forma é se preparar e ser transparente, pois ficar arrumando desculpas só piora a situação. Seja por baixo desempenho, problemas de inter-relacionamento pessoal ou redução de custos, é importante se cercar de informações ou evidências para justificar a decisão”, recomenda.

Para quem passou pela perda do emprego, o professor universitário recomenda que a pessoa demitida encare o processo como rompimento de um vínculo que, como diz a legislação, “é por tempo determinado”.

“Embora algumas reações possam ser diagnosticadas antecipadamente, é difícil prever como as pessoas vão encarar o processo. Isto porque, às vezes, é o que o colaborador espera. No entanto, na maioria dos casos, as pessoas tendem a ser surpreendidas. Por fim, sugiro que a pessoa não se desespere e comece a pensar em alternativas junto à sua rede de contatos”, acrescenta.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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