Após tarifaço de Trump, dólar cai para R$ 5,629, na menor cotação em 6 meses

Após tarifaço de Trump, dólar cai para R$ 5,629, na menor cotação em 6 meses

Bolsa depois de oscilar bastante fecha com queda de 0,04%

O mercado financeiro teve uma quinta-feira marcada pela instabilidade. O dólar fechou  com queda superior a 1%  ante o real, atingindo a menor cotação de 2025.  O dólar acompanhou o recuo generalizado da moeda norte-americana no exterior, após as tarifas de importação anunciadas pelo governo Trump na véspera elevarem os temores de uma recessão nos EUA.

No fechamento, o dólar comercial foi cotado R$5,629, menor preço de fechamento desde 16 de outubro do ano passado, quando encerrou em R$5,6226. No ano a divisa acumula queda de 8,90% ante o real.

O Ibovespa oscilou muito, mas terminou o dia baixa de apenas 0,04%, aos 131.140,65 pontos, uma perda de 49,69 pontos.

Mercado global

Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, destaca que a quinta-feira (03) foi marcada por quedas intensas nos mercados globais. Os países mais afetados foram aqueles que os Estados Unidos mirou com tarifas mais altas, além do próprio mercado americano, que enfrenta perspectivas de menor crescimento e inflação mais elevada. A interpretação predominante foi de cautela, mas ainda há desconfiança. Trump declarou que, se a China vender o TikTok, as tarifas podem ser aliviadas, assim como para outros países que aceitarem negociar. Isso indica que nem todas as medidas anunciadas serão de fato implementadas.

Olhando a distribuição geográfica, o Sudeste Asiático foi um dos principais alvos, sendo uma região que atraiu muitas indústrias nas últimas décadas. Isso explica as quedas significativas nas bolsas ao redor do mundo.

No mercado de câmbio, o dólar perdeu força. Segundo Gustavo Cruz, a queda do dólar reflete a expectativa de um crescimento menor nos EUA. “Historicamente, sempre que o país cresce menos que outras grandes economias, o dólar tende a enfraquecer. Além disso, há sinais de estímulo econômico na China e na Alemanha, beneficiando a Europa como um todo e contribuindo para essa tendência de queda do dólar”, explica o estrategista.

Nos Estados Unidos, outras políticas econômicas do governo Trump ainda podem sustentar o crescimento, mas as negociações seguem em andamento.

No Brasil, a reação foi variada. Alguns setores sofreram, especialmente o de petróleo, diante da queda do WTI, que recuou entre 6,5% e 8%, impactando as petroleiras brasileiras. Por outro lado, empresas como a Marcopolo indicaram que, no atual cenário tarifário, conseguem manter negociações com impacto limitado.

Outras companhias, sem exposição relevante às tarifas, chegaram a registrar ganhos. “A percepção entre empresários foi de que o Brasil não foi tão prejudicado e pode até ocupar espaços deixados por outros países, fornecendo tanto para os EUA quanto para outros mercados. Além disso, as discussões sobre cenários políticos envolvendo o presidente Lula influenciaram a curva de juros, a bolsa e o câmbio”, destaca o estrategista-chefe da RB Investimentos.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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