Alta nas recuperações judiciais impulsiona uso de imóveis como alternativa para reestruturação financeira

Empresas em crise apostam em liquidez imediata por meio de bens imobiliários
O Brasil registrou um crescimento de 13% nos pedidos de recuperação judicial, segundo dados do Monitor RGF da consultoria RGF & Associados. Ao todo, foram 4.568 empresas em processo de reestruturação, refletindo um cenário econômico desafiador, que segue pressionando o caixa das companhias nacionais, especialmente as de pequeno e médio porte. A combinação de juros elevados, inflação persistente, queda no consumo e restrições no crédito agravou a situação das empresas em 2024.
De acordo com Andreza Makiyama, advogada, responsável pelos aspectos jurídicos das operações da Rooftop, startup pioneira em oferecer soluções imobiliárias com necessidade de liquidez de capital, a desvalorização da moeda nacional e o encarecimento das operações financeiras tornaram o ambiente mais desafiador para quem busca manter as contas em dia.
“O crédito facilitado adotado como medida paliativa por diversas instituições bancárias acabou por gerar um aumento generalizado no nível de endividamento. Muitas empresas recorreram a essa saída para manter as operações, mas sem planejamento de médio e longo prazo, o resultado foi o crescimento da inadimplência”, explica Andreza Makiyama.
Diante deste cenário desafiador, cresce a busca por alternativas mais rápidas de reestruturação, como a conversão de ativos em capital de forma ágil, especialmente por meio de imóveis, sem envolver análises de concessões de crédito. Empresas e sócios com imóveis próprios passaram a buscar monetizar seus ativos como forma de obter recursos imediatos, sem a necessidade de contrair novas dívidas com altas taxas de juros e comprovação de capacidade de pagamento.
Segundo Andreza Makiyama, tal movimentação tem se mostrado especialmente estratégica para empresas e sócios que enfrentam restrições no mercado de crédito tradicional. “As instituições financeiras convencionais, diante do risco elevado, muitas vezes recusam ou restringem o crédito para pessoas com histórico de inadimplência. E quando oferecem, as taxas inviabilizam qualquer plano de recuperação sustentável”, afirma o advogado.
Neste contexto, a operação de liquidez imediata com imóveis surge como uma opção bem mais viável e apropriada para casos dessa natureza. Com base em uma análise jurídica prévia, a operação é estruturada para garantir segurança às partes envolvidas. Com o capital, a empresa e sócios conseguem saldar dívidas e, em muitos casos, melhorar seu score de crédito em vista da diminuição do passivo, aliviando o balanço e abrindo portas para novos negócios. Outra vantagem é que a operação não grava histórico no CNPJ ou CPF perante o sistema de informações de crédito do Banco Central (SCR-Bacen), nem exige garantias adicionais.
Quem pode usar?
Um modelo que tem ganhado destaque dentro dessa busca é o HomeCash, criado pela Rooftop. A operação permite que o empresário venda um imóvel residencial, avaliado entre 1 e 7 milhões de reais, e receba cerca de 60% do valor de avaliação à vista. Durante o prazo de até 18 meses, a empresa contratante permanece operando no imóvel, pagando um aluguel de aproximadamente 0,5% sobre o valor de recompra. Ao fim do período, ela pode recomprar o imóvel por cerca de 80% do valor avaliado inicialmente, podendo usar até mesmo um financiamento bancário para essa opção.
Além disso, caso o contratante opte, ele também pode contar com a rede de parceiros da Rooftop para vender o imóvel a terceiros. Nessa opção, todo o valor excedente ao valor fixado de recompra vai integralmente para o bolso do contratante.
Mais do que a liquidez, o produto se destaca pelo suporte jurídico e financeiro proporcionado pela marca, a fim de compreender as particularidades dos casos e efetuar a melhor operação para a retomada do controle do fluxo financeiro. “Pensando em contribuir além da injeção financeira, o HomeCash oferece uma solução estruturada, que respeita o tempo e a realidade de cada empresa, permitindo que ela reorganize seu fluxo de caixa e preserve seus ativos”, afirma Daniel Gava, CEO e fundador da Rooftop.