Empresas captam valor recorde de R$ 202 bilhões no mercado de capitais no 1º quadrimestre

Empresas captam valor recorde de R$ 202 bilhões no mercado de capitais no 1º quadrimestre

Puxado pelo desempenho das debêntures, volume é o maior na série histórica da Anbima, iniciada em 2012

As ofertas no mercado de capitais somaram o valor recorde de R$ 202,0 bilhões no primeiro quadrimestre, com um crescimento de 1,8% na comparação com o mesmo intervalo no ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Considerando apenas abril, o montante atingiu R$ 47,4 bilhões.

O patamar inédito na série histórica iniciada em 2012 foi puxado pelo desempenho das debêntures, que também alcançaram o maior volume já registrado para os quatro primeiros meses do ano: R$ 126,4 bilhões, com alta de 13,7% ante igual período em 2024. A maior parte dos recursos captados foram destinados para investimentos em infraestrutura (41,6%) e o prazo médio chegou a 9,9 anos, bem acima dos 7,7 anos contabilizados nesse intervalo no ano anterior.

As ofertas de FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) também se destacaram, chegando ao valor recorde de R$ 24,6 bilhões, 25,7% acima do registrado entre janeiro e abril do ano passado, com um tíquete médio de R$ 78 milhões.

Já as notas comerciais totalizaram R$ 8,2 bilhões, com uma expansão de 39,5% na comparação com o mesmo período de 2024. As empresas de capital fechado responderam por 55,2% do montante e as sociedades limitadas pelos 44,8% restantes, o que sinaliza que o instrumento, criado para ser uma alternativa de financiamento com emissões menos burocráticas, está sendo usado por empresas de menor porte.

“Os dados mostram não só que o mercado de capitais se consolidou como fonte de financiamento para a economia real do país mas também contribui para viabilizar projetos de empresas de diversos tamanhos, com um leque de produtos diversificado”, afirma Guilherme Maranhão, presidente do Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais da Anbima. 

Os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) captaram R$ 15,4 bilhões e os CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) somaram R$ 9,3 bilhões, com redução de 32,5% e 28,5%, respectivamente, na comparação com o primeiro quadrimestre de 2024.

Entre os instrumentos híbridos, os FIIs (Fundos de Investimento Imobiliários) totalizaram R$ 12,4 bilhões, com queda de 38,4% em relação ao mesmo período de 2024. Já os Fiagros (Fundos de Investimento em Cadeias Agroindustriais) chegaram a R$ 1,7 bilhão em ofertas, com um salto de 82,1% no volume nesse comparativo.

Na renda variável, os follow-ons registraram R$ 2,9 bilhões, com operações em março e abril.

No mercado externo, as ofertas de renda fixa atingiram US$ 12,2 bilhões, com aumento de 10,8% na comparação com o mesmo intervalo do ano passado. Entre os tipos de emissores, as empresas lideraram, respondendo por 57,3% do total, com as instituições financeiras ficando com 22,5% e a República com 20,2%.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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