Comentários nas redes sociais podem levar a demissão por justa causa, alerta especialista

Comentários nas redes sociais podem levar a demissão por justa causa, alerta especialista

Posts na internet podem afetar o emprego e oferece orientações para evitar problemas trabalhistas

Com o crescimento do uso das redes sociais, as fronteiras entre o pessoal e o profissional estão cada vez mais tênues. Comentários sobre o trabalho em plataformas como LinkedIn, TikTok e Instagram podem trazer consequências sérias, incluindo demissões por justa causa, alerta Giovanni Cesar, Mestre em Direito do Trabalho.

Segundo ele, as empresas têm observado cada vez mais esse tipo de comportamento e aplicado medidas disciplinares que, em alguns casos, resultam na demissão por justa causa.

Cuidado com as redes: o que pode levar à justa causa?

“Com o aumento do uso das redes sociais, é comum que funcionários expressem suas frustrações online. Os tribunais têm entendido que, ao prejudicar a imagem da empresa, o empregado pode ser demitido por justa causa, pois afeta a honra e a reputação do empregador”, explica.

Esses casos são considerados graves o suficiente para que a empresa não precise aplicar advertências ou suspensões. O artigo 482 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) trata das faltas graves, e uma das razões para demissão por justa causa é o ato lesivo à honra e à boa fama do empregador. Cesar explica que, “nesses casos, o impacto na imagem da empresa é considerado grave o suficiente para justificar a demissão imediata, sem a necessidade de advertências prévias”.

Dúvidas comuns sobre redes sociais e justa causa

1) Quais comportamentos nas redes podem levar à justa causa?

Publicações que prejudiquem a imagem da empresa, revelem informações confidenciais ou ofendam colegas e superiores podem justificar a demissão por justa causa.

2) Existe a possibilidade de reverter uma demissão por justa causa?

Reverter uma demissão por justa causa é difícil, mas não impossível. O trabalhador deve comprovar que não houve intenção de prejudicar a empresa ou que a situação foi mal interpretada.

3) Como os trabalhadores podem se proteger ao usar redes sociais?

Evitar mencionar a empresa ou seus colegas diretamente nas redes já é um bom começo. Além disso, seguir as políticas internas sobre o uso de plataformas digitais é essencial.

4) Como as empresas devem agir e evitar situações de conflito com os funcionários?

A prevenção é o melhor caminho. Uma comunicação direta sobre o que é permitido, ou não, nas redes sociais pode evitar conflitos e demissões por justa causa.

Crédito da foto: Freepik

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

Um comentário em “Comentários nas redes sociais podem levar a demissão por justa causa, alerta especialista

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *