Empresas estão gastando mais com planos de saúde

Empresas estão gastando mais com planos de saúde

Somente este ano, custos dos planos corporativos devem subir 10,5%

O custo do plano de saúde corporativo no Brasil aumentará, em média, 10,5% este ano, com as empresas pagando aproximadamente R$ 709,50 por mês para os benefícios médicos de cada funcionário. Com essa mudança, o plano de saúde representará 15,8% dos custos com folha de pagamento, tornando-se o segundo maior gasto das empresas com pessoal, depois dos salários. Essa é uma das conclusões da 32ª Pesquisa de Benefícios Corporativos da Mercer Marsh Benefícios, que avaliou programas de gestão de saúde, bem-estar e qualidade de vida de 1.007 empresas brasileiras de grande e médio porte, que juntas somam mais de 5 milhões de beneficiários de planos de saúde corporativos.

A pesquisa foi apresentada nesta quarta-feira (10), em Curitiba, na filial da Mercer , para clientes e empresários.

Segundo a pesquisa, a inflação médica no Brasil tem crescido continuamente na última década, com exceção em 2020, devido à pandemia de Covid-19. Com o isolamento social e o adiamento de consultas, exames e cirurgias eletivas, houve uma queda na procura por atendimentos, principalmente aquelas que não eram urgentes.

Empresas estão trocando de operadoras

 

 

Para ajudar a controlar o aumento dos custos, 66% dos empregadores redesenharam seus benefícios de saúde, mudando de operadoras de planos de saúde ou por meio de outras estratégias, enquanto 31% pretendem fazê-lo nos próximos 12 meses e 50% nos próximos três anos.

As empresas também estão controlando os custos estabelecendo coparticipação para procedimentos médicos dos funcionários, como consultas, exames simples ou especiais, terapias e consultas em pronto-socorro. Mais da metade das empresas pesquisadas (58%) adotou essa prática, com uma coparticipação média aplicada de 25% do custo do procedimento médico.

Marcelo Borges, diretor Executivo da Mercer Marsh Benefits Brasil, explica que embora a utilização de novas tecnologias e terapias inovadoras na gestão da saúde esteja aumentando os custos, elas também estão ajudando as organizações brasileiras a desenvolverem novas estratégias para controlar as despesas.

“Nossa pesquisa ressalta que os empregadores estão cada vez mais cientes de como os benefícios corporativos estão ligados à satisfação e à retenção de funcionários e estão comprometidos em desenvolver serviços de bem-estar abrangentes e altamente competitivos para seus colaboradores, especialmente em um cenário em que o estresse financeiro e o endividamento entre a população brasileira são muito altos”, diz Borges.  

Investimento em programas de saúde e qualidade de vida

De acordo com a pesquisa, as empresas brasileiras estão aumentando seus investimentos em iniciativas de saúde, qualidade de vida e bem-estar dos funcionários: 81% agora implementam iniciativas de qualidade de vida, como suporte à saúde mental ou gestão de doenças crônicas, um aumento significativo de 16% em relação à pesquisa de 2023. Este ano, os empregadores estão alocando cerca de R$ 409,69 por funcionário para iniciativas de bem-estar, e 50% dos empregadores pretendem aumentar esse investimento nos próximos 12 meses. Esses investimentos se somam aos custos que as empresas já têm com os planos de saúde corporativo.

Benefício Previdência Privada 

A pesquisa também descobriu que os empregadores estão buscando ativamente promover o bem-estar financeiro dos funcionários, reconhecendo a forte correlação entre bem-estar financeiro e saúde mental. Mais da metade (53%) disse que oferece planos de previdência privada em seu pacote de benefícios. Além disso, 12% pretendem implementar o benefício em um ano e 37% em três anos, em meio à crescente demanda por modelos de previdência mais flexíveis.

Além de oferecer planos de previdência, 79% dos participantes da pesquisa estão oferecendo iniciativas de educação financeira como workshops sobre o tema, 29% cursos de educação financeira, 16% preparação para a aposentadoria e 10% oferecem aplicativos para gestão financeira e mapeamento da saúde financeira.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.