6 dicas para usar a inteligência artificial com responsabilidade nos investimentos

6 dicas para usar a inteligência artificial com responsabilidade nos investimentos

Especialistas alertam que tecnologia não pode ser única fonte consultada para planejar a vida financeira

Na hora de decidir onde e como aplicar o dinheiro, muitas pessoas recorrem à ajuda de ferramentas de inteligência artificial. No entanto, especialistas alertam que depender apenas de prompts prontos de IA como fonte para organizar a vida financeira pode levar a decisões superficiais e até arriscadas, se não houver uma análise personalizada do perfil e objetivos pessoais.

“O acesso a informações sobre investimentos nunca foi tão amplo, mas é justamente aí que mora o perigo, afinal, as respostas prontas não levam em conta aspectos essenciais da vida de cada indivíduo. É importante lembrar que planejamento financeiro é um trabalho humano, que envolve entender quais os sonhos e metas desejam ser alcançados para então definir o melhor caminho a seguir”, explica o consultor financeiro Philippe Enke Mathieu, CEO da GFX – Inteligência Financeira.

Ter esse cuidado é ainda mais importante diante do avanço do mercado de capitais no Brasil, que mostra um número crescente de aplicações. Em agosto desse ano, o volume aplicado por investidores pessoas físicas chegou a R$ 7,9 trilhões, alta de 6,8% na comparação com dezembro de 2024. Os dados são da  Associação Brasileira das Entidades dos Mercado Financeiro e de Capitais (Anbima) e referem-se às aplicações de clientes do varejo (tanto tradicional como alta renda) e do private (segmento com clientes que têm mais de R$ 5 milhões investidos).

Portanto, o especialista orienta que a IA pode ser uma aliada ao organizar dados, simular cenários e até apoiar no acompanhamento de carteiras, mas jamais substitui a etapa fundamental de diagnóstico e planejamento. “Sem esse cuidado, o investidor corre o risco de seguir uma recomendação que parece promissora no curto prazo, mas que pode comprometer sua segurança financeira no futuro”, reforça Mathieu.

Confira 6 dicas para usar a IA de forma responsável no planejamento financeiro:

  1. Defina seus objetivos: Antes de buscar respostas em ferramentas de IA, é essencial ter clareza sobre o que você deseja alcançar. Pode ser a compra de um imóvel, a aposentadoria antecipada, a formação de uma reserva de emergência ou até a realização de um sonho pessoal. Com base nisso, serão definidos objetivos para orientar todo o processo de investimento.
  2. Conheça seu perfil de investidor: Cada pessoa possui uma tolerância diferente ao risco e uma expectativa distinta de retorno. “Entender se você é conservador, moderado ou arrojado evita frustrações com oscilações do mercado. Um consultor especializado pode ajudar nesse processo, possibilitando a escolha de ativos mais compatíveis com a sua realidade e metas”, sugere o CEO da GFX.
  3. Use a IA como apoio, não como guia: As ferramentas de inteligência artificial podem ser muito úteis para organizar dados, analisar tendências e simular cenários de mercado. Porém, suas recomendações são genéricas e não levam em conta as particularidades pessoais de cada um, portanto, devem servir como complemento e não como fonte de decisão.
  4. Acompanhe constantemente seus investimentos: O mercado financeiro é dinâmico e pode mudar de acordo com fatores econômicos, políticos e até globais. Nesse cenário, utilizar a IA para monitorar variações pode facilitar, mesmo assim é importante revisar periodicamente sua carteira para garantir que ela continue alinhada aos seus objetivos de vida.
  5. Conte com um especialista: Consultores financeiros são preparados para interpretar informações complexas e adaptá-las à sua realidade. “São especialistas no assunto que podem identificar riscos ocultos e propor estratégias personalizadas que dificilmente seriam sugeridas por uma IA”, afirma Mathieu.
  6. Eduque-se financeiramente: Aprender conceitos básicos de finanças, como juros compostos, liquidez e diversificação, fortalece a sua autonomia como investidor. Além disso, esse conhecimento permite evitar decisões precipitadas. Afinal, quanto mais você domina o assunto, mais seguro se torna para usar a IA de forma inteligente.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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