Aumento de renda é maior entre trabalhadores sem carteira

Aumento de renda é maior entre trabalhadores sem carteira

Informalidade traz riscos futuros

Um estudo recente realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostrou que, no segundo trimestre de 2025, os trabalhadores informais tiveram, em média, um aumento de renda de 6,8%, quando comparado ao mesmo período do ano passado, enquanto para os trabalhadores com carteira assinada o crescimento foi de 2,3%. O resultado reflete o aumento do trabalho autônomo em meio à desaceleração das contratações formais e à busca por alternativas de renda, mas acende o alerta sobre a falta de segurança e de direitos básicos para trabalhadores no futuro. Especialistas em finanças e gestão de pequenos negócios reforçam que, para estes casos, a formalização em regimes como o MEI (microempreendedor individual) não impede esse aumento de ganhos e garante benefícios previdenciários pagando poucos impostos.

“Se o trabalhador não contribui para o INSS, ele pode enfrentar dificuldades para acessar benefícios, como a aposentadoria. Além disso, profissionais que estão na informalidade podem ficar desamparados legalmente em situações de doença ou em caso de maternidade, pegando dois exemplos comuns. Atualmente, o MEI é a melhor alternativa para quem deseja planejar as finanças de maneira adequada e garantir segurança e estabilidade a longo prazo, a partir de um modelo de impostos mais simples”, alerta Kályta Caetano, contadora especialista em MEI da MaisMei, que auxilia a gestão de negócios de microempreendedores individuais por meio de um SuperApp.

Atualmente, o valor da guia de imposto mensal (conhecida como DAS) para os microempreendedores individuais varia de R$75,90 a R$81,90, dependendo da atividade exercida pelo empreendedor. Entre outros benefícios importantes garantidos ao MEI ativo, estão o salário-maternidade, auxílio-reclusão, auxílio por incapacidade temporária (antes conhecido como auxílio-doença), pensão por morte e o direito à aposentadoria.

Outro ponto que deve ser considerado, lembra Kályta Caetano, é a importância de ter um Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) para quem tem pretensões de crescimento em suas atividades profissionais. “Além de passar maior credibilidade ao negociar com terceiros, ter um CNPJ traz vantagens como emitir notas fiscais, comprar veículos com descontos, a possibilidade de participação em licitações e o acesso a serviços financeiros e planos de saúde com melhores condições. Portanto, o MEI é uma excelente ferramenta para quem deseja economizar com esses gastos e, ao mesmo tempo, garantir que seus negócios sejam ampliados de forma sustentável”, diz.

Sem o CNPJ há, ainda, o risco de tributação maior no Imposto de Renda. “Sem a tributação simplificada do MEI, que determina um valor fixo mensal, o trabalhador informal corre o risco de cair na malha fina da Receita Federal. Isso acontece porque, como pessoa física, ele pode ter que pagar o Imposto de Renda com alíquotas que chegam a 27,5% , caso seu faturamento ultrapasse o limite de isenção (R$ 33.888,00 em 2025)”, explica a contadora da MaisMei.

Para se formalizar como MEI, o contribuinte deve acessar o Portal do Empreendedor, através do GOV.BR, clicar em “Quero ser MEI”, depois em “Formalize-se” e seguir os passos indicados no site. Também é possível realizar a abertura do MEI de forma mais rápida e menos burocrática, através de apps como o da MaisMei, de forma  gratuita.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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