Especialistas recomendam antecipar dividendos em 2025 para evitar nova tributação

Especialistas recomendam antecipar dividendos em 2025 para evitar nova tributação

“Reforma da renda altera tributação sobre lucros e dividendos

O projeto de lei que trata da reforma do Imposto de Renda (PL 1.087/2025) foi aprovado pela Câmara dos Deputados e agora segue para análise do Senado. A expectativa é que o texto seja sancionado ainda neste ano, com as novas regras passando a valer em 2026. A chamada “reforma da renda” altera, entre outros pontos, a tributação sobre quem recebe lucros e dividendos e amplia a faixa de isenção do IRPF.

O projeto institui a tributação das chamadas altas rendas. Pela proposta aprovada, lucros e dividendos pagos a pessoas físicas acima de R$ 50 mil por mês terão retenção de 10% na fonte. Além disso, quem tiver rendimentos totais anuais acima de R$ 600 mil ficará sujeito ao Imposto de Renda Pessoa Física Mínimo (IRPFM), que incide de forma progressiva, chegando a 10% sobre rendas acima de R$ 1,2 milhão por ano.

Diante desse cenário, a orientação às empresas é para que, ainda em 2025, antecipem a distribuição de lucros e dividendos referentes a resultados acumulados, aproveitando a isenção prevista até o fim do ano.

Ricardo de Holanda.

“A mudança vem aí. Então, as empresas precisam se preparar já, agindo rápido. Maximizar o resultado contábil, reduzir os estoques de lucros e acelerar a distribuição dos dividendos é o que temos recomendado aos nossos clientes”, afirma Ricardo de Holanda, COO (diretor de operações) da ROIT – empresa de inteligência artificial voltada à gestão contábil, fiscal e financeira de corporações, com foco em companhias do Lucro Real.

A taxação de lucros e dividendos, com a criação do IRPFM, é uma das medidas que buscam compensar a perda de arrecadação provocada pela isenção do Imposto de Renda para pessoas físicas com renda de até R$ 5 mil por mês (R$ 60 mil por ano), também incluída no mesmo projeto. A isenção era uma promessa de campanha do atual governo.

Compensação

“A renúncia fiscal estimada é de cerca de R$ 25,8 bilhões em 2026. Como compensar isso? O governo decidiu tributar os lucros e dividendos de sócios e acionistas de empresas. Ocorre que a empresa já paga Imposto de Renda de Pessoa Jurídica”, explica Holanda. Com a nova tributação, o potencial de arrecadação previsto é de R$ 34,1 bilhões no primeiro ano de vigência.

Em contrapartida, o texto prevê que parte da nova receita poderá ser usada, a partir de 2027, para reduzir a alíquota de referência da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) – tributo criado pela reforma tributária.

 
 

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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