Pix Automático expõe desafios das grandes empresas na corrida por pagamentos em tempo real
Aproveitamento das integrações existentes com sistemas bancários e conciliadores de transações tem sido o caminho mais seguro e eficiente para a modernização do setor financeiro
A transição do sistema financeiro para pagamentos instantâneos está redefinindo a operação de bancos, concessionárias e grandes corporações. O que começou com o Pix, e se fortaleceu com o Pix Automático, está se tornando um movimento inevitável rumo a um futuro aberto, tokenizado e em tempo real. Mas esse avanço vem acompanhado de desafios complexos, especialmente para empresas ainda sustentadas por sistemas legados.
Essas infraestruturas tradicionais, projetadas para o processamento em lote e com janelas limitadas de operação, não foram concebidas para um ambiente 24x7x365. A adequação ao tempo real exige mais do que atualização tecnológica: demanda mudanças operacionais profundas, que vão desde o monitoramento contínuo e conciliação instantânea até o cumprimento de novos padrões regulatórios e SLAs mais rigorosos.
Para o diretor-presidente da Multicom.net, José Tadeu Bijos, o sucesso nessa jornada está em equilibrar inovação e continuidade operacional.
“As empresas não precisam reinventar todo o seu core para ingressar na nova era dos pagamentos. É possível evoluir de forma segura e progressiva, aproveitando as integrações já existentes e ajustando processos de maneira inteligente”, afirma José Tadeu Bijos.
Pioneira na implantação do Pix Automático no Brasil, a Multicom.net foi uma das primeiras empresas a desenvolver e colocar em produção uma solução compatível com o modelo aprovado pelo Banco Central — meses antes mesmo de grandes instituições anunciarem sua adesão. O segredo está na simplicidade da arquitetura: a plataforma da companhia usa os próprios dados dos sistemas legados (como código do cliente, valor e vencimento) e os transforma automaticamente no formato exigido pelo Pix Automático, sem a necessidade de reconstruir a infraestrutura.
Redução dos custos de migração
Essa abordagem reduz drasticamente os custos e riscos de migração, permitindo que bancos e concessionárias se adequem gradualmente ao novo modelo, sem interromper suas operações ou comprometer a segurança. Além disso, o conciliador de transações da Multicom.net garante a rastreabilidade completa das movimentações, eliminando gargalos históricos da conciliação de pagamentos.
“Estamos ajudando grandes players a dar um passo decisivo na modernização dos pagamentos recorrentes, de forma prática e compatível com o estágio tecnológico atual de cada instituição”, explica Bijos. “Nosso papel é ser o facilitador dessa transição — e o Pix Automático é o primeiro grande marco dessa transformação.”
O avanço da modalidade já evidencia seus impactos: redução de inadimplência, maior previsibilidade de receita e inclusão financeira de públicos que antes não tinham acesso ao débito automático. Para setores de telecomunicações, energia e saneamento, os ganhos de eficiência operacional e relacionamento com o cliente são ainda mais significativos.
Segundo Bijos, a próxima etapa será combinar o Pix Automático com tecnologias emergentes, como Tap to Pay Online, tokenização de dados e automação de conciliação, formando um ecossistema completo de transações instantâneas. “O Brasil está na vanguarda dessa revolução. Enquanto economias maduras ainda operam com sistemas de baixa instantaneidade, nós estamos construindo o futuro em tempo real”, reforça.


