Por que marcas precisam ser (e oferecer) mais do que produtos?

Por que marcas precisam ser (e oferecer) mais do que produtos?

Em um mercado competitivo, propósito e experiência se tornam fatores tão decisivos quanto preço e qualidade

No cenário atual dos negócios e empreendedorismo, marcado por consumidores cada vez mais exigentes e conectados, oferecer apenas um bom produto deixa de ser o suficiente. Agora, as marcas que conquistam espaço e se tornam relevantes no mercado são aquelas que se destacam com propósito, criam experiências significativas e estabelecem conexões reais e humanas com seus clientes, ou seja, que acompanham o comportamento dos novos perfis de consumidores.

Segundo pesquisas da Edelman Trust Barometer (2024), 64% dos consumidores preferem comprar de empresas que demonstram responsabilidade social e propósito claro. Isso significa que a jornada de compra deixou de ser apenas racional: hoje ela é emocional e identitária. O consumidor quer saber o que a marca representa, quais causas apoia e como contribui positivamente para a sociedade. Em um mercado saturado, altamente competitivo e com consumidores cada vez mais conscientes, a nova moeda de valor é a conexão, algo que vai muito além da simples entrega de um bem ou serviço.

“O empreendedor precisa entender que uma marca com significado cria vínculos duradouros e, consequentemente, se destaca entre os clientes”, afirma o empresário Fábio Príncipe.

Consumidor quer identificação

Por mais que preço e qualidade continuem sendo importantes, os consumidores buscam identificação com os valores da marca, transparência nas relações e impacto positivo na sociedade. Essa tendência exige dos empreendedores uma visão que vai além da lógica de venda imediata, envolve atendimento humanizado, canais digitais integrados, comunidades de clientes e até mesmo experiências de pós-venda.

“Empreender não é apenas sobre abrir negócios, mas sobre construir marcas que dialoguem com a sociedade e que ofereçam uma experiência positiva de consumo. O empreendedor que entende isso sai na frente”, explica o empresário.

Marcas bem-sucedidas não vendem apenas o que fazem, mas porque fazem. É essa narrativa que engaja consumidores, atrai talentos e abre espaço para o crescimento sustentável. Para o empreendedor, isso significa pensar de forma estratégica: alinhar produto, propósito, um marketing de qualidade e comunicação em um mesmo ecossistema de valor. No ambiente digital, por exemplo, a reputação é construída (ou destruída) em tempo real. Marcas que falham em demonstrar autenticidade e coerência perdem credibilidade. “Autenticidade é um ativo invisível, mas poderoso. Marcas que constroem confiança sobrevivem às crises com muito mais resiliência”, conclui Fábio Príncipe.

 

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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