Produção industrial cresce em 9 dos 15 locais pesquisados em agosto

Produção industrial cresce em 9 dos 15 locais pesquisados em agosto

Maiores crescimentos ficaram com Pará, Bahia e Paraná

A produção industrial cresceu em 9 dos 15 locais pesquisados pelo IBGE em agosto, na comparação com julho, puxando o resultado positivo (0,8%) da indústria nacional. As maiores altas foram no Pará (5,4%), Bahia (4,9%) e Paraná (4,2%). Completam os resultados positivos Rio Grande do Sul (2,9%), Mato Grosso (1,4%), Goiás (1,4%), Região Nordeste (1,0%), São Paulo (0,8%) e Espírito Santo (0,4%). Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional, divulgada nesta sexta-feira (10).

A alta no Pará, na passagem de julho para agosto, interrompeu dois meses consecutivos de queda na produção, período em que acumulou perda de 4,5%. Já Bahia e Paraná eliminaram os recuos de 2,6% e 2,0%, respectivamente, registrados no mês anterior.

O analista da pesquisa Bernardo Almeida explicou a melhora no desempenho da indústria paraense: “Em relação à indústria paraense, nessa passagem de julho para agosto, observamos um crescimento de 5,4%, o maior em termos absolutos nesse mês. Após dois meses negativos, esse comportamento positivo da indústria do Pará consiste nas influências positivas do setor extrativo, além dos setores de metalurgia e de produtos minerais não metálicos”.

Paraná tem o melhor desempenho  da Região Sul

A indústria paranaense registrou em agosto um crescimento de 4,2% no volume de atividades em relação a julho. O resultado foi mais de cinco vezes superior à média nacional, que ficou em 0,8% no mesmo período. Em termos regionais, foi o melhor desempenho entre todos os estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, atrás apenas do Pará (5,4%) e da Bahia (4,9%) no ranking nacional.

O avanço, que já considera os efeitos sazonais do setor, confirma o bom momento da indústria paranaense. No acumulado de janeiro a agosto de 2025, a indústria do Paraná cresceu 4,2% em comparação aos mesmos meses do ano passado, também bem acima da média nacional, que ficou em 0,9%. No ranking acumulado do ano, o Estado aparece em terceiro lugar, atrás apenas do Espírito Santo (6,1%) e do Pará (5%).

Entre os segmentos, o destaque de agosto ficou para a fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, que teve uma variação mensal de impressionantes 132,7%, impulsionando todo o setor. Também apresentaram resultados positivos a fabricação de celulose e papel (14,6%), produtos químicos (8,5%) e biocombustíveis e derivados de petróleo (3,4%).

Em São Paulo, avanço foi de 0,8%

São Paulo, local que detém a maior concentração industrial (aproximados 33%), avançou 0,8%, atingindo sua segunda taxa positiva consecutiva e acumulando ganho de 1,7% no período. De acordo com o analista, os setores extrativo e de alimentos tiveram maior influência sobre esse avanço da indústria paulista. Vale salientar que, com esse resultado, a indústria de São Paulo se encontra 0,5% acima do seu patamar pré-pandemia, fixado em fevereiro de 2020, mas ainda está 21,2% abaixo do seu patamar de produção mais alto, alcançado em março de 2011.

Por outro lado, Amazonas (-7,4%) e Pernambuco (-3,5%) mostraram os recuos mais intensos nesse mês. No caso do Amazonas, o estado acumula redução de 7,8% em dois meses consecutivos de queda na produção. Pernambuco interrompe quatro meses seguidos de taxas positivas, período em que acumulou ganho de 38,3%.

“No Amazonas, vale dizer que esse resultado é o mais intenso desde março de 2024, quando recuou 11,8%. Nessa passagem de julho para agosto de 2025, os setores de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, derivados do petróleo e biocombustíveis e bebidas foram os que mais puxaram o desempenho da indústria amazonense para baixo”, comenta o analista da pesquisa.

Rio de Janeiro (-1,9%), Santa Catarina (-1,8%), Ceará (-1,5%) e Minas Gerais (-0,2%) também apresentaram resultados negativos em agosto de 2025.

Indústria recua em 9 dos 18 locais pesquisados

Na comparação com agosto de 2024, o setor industrial recuou 0,7% em agosto de 2025, com 9 dos 18 locais pesquisados apontando resultados negativos. Vale citar que agosto de 2025 (21 dias) teve 1 dia útil a menos que agosto de 2024 (22 dias).

Mato Grosso (-12,8%), Maranhão (-11,4%) e Amazonas (-9,3%) assinalaram as quedas mais acentuadas. No Mato Grosso, o setor de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis e produtos químicos acentuaram o resultado negativo; no Maranhão, indústrias extrativas e celulose, papel e produtos de papel puxaram a queda; e no Amazonas, pressionaram a retração os setores de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos e máquinas e equipamentos.

Mato Grosso do Sul (-5,7%), Ceará (-5,5%), Minas Gerais (-4,8%), Pernambuco (-2,5%), São Paulo (-2,4%) e Santa Catarina (-2,2%) completaram o conjunto de locais com redução na produção no índice mensal de agosto de 2025.

Por outro lado, Espírito Santo (15,3%) assinalou o avanço mais elevado nesse mês, impulsionado, em grande parte, pela atividade de indústrias extrativas. Rio de Janeiro (6,1%), Pará (5,8%), Paraná (3,8%), Bahia (3,4%), Rio Grande do Norte (3,3%), Goiás (2,9%), Rio Grande do Sul (1,1%) e Região Nordeste (0,5%) registraram os demais resultados positivos no índice mensal de agosto de 2025.

Crédito da foto: Gilson Abreu

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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