Aumento de golpes digitais afetam mercado imobiliário

Aumento de golpes digitais afetam mercado imobiliário

Especialista dá dicas de como não deixar que o sonho da casa própria vire frustração

Os dados são claros: o Brasil é um dos países que mais sofre com fraudes. O cenário digital alavancou ainda mais esse fato. Dados recentes da Serasa Experian mostram que a cada dois segundos alguém passa por uma tentativa de fraude no país. E esse cenário, que põe o Brasil na 4ª posição mundial em maior número de golpes de acordo com o site YouVerify, também vem crescendo no setor imobiliário.

Recentemente, a operação Black Flow, do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), divulgou um esquema suspeito de organização criminosa que teria movimentado cerca de R$ 90 milhões por meio de empreendimentos imobiliários fraudulentos em Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro.

“Este foi um caso que ganhou visibilidade, assim como o revelado nesta semana em rede nacional, mas no dia a dia de construtoras e corretores, acabamos entrando em contato com muitas histórias de golpes que acabam não chegando ao público. Hoje, ainda, neste momento de avanço de tecnologias, como IA, infelizmente esse cenário se torna ainda mais real. Por isso, é importante saber algumas formas de se proteger”, garante Rafael Mandryk, gerente comercial do Grupo Andrade Ribeiro.

Mas, e tem como se prevenir? Sim. Segundo Mandryk algumas dicas são imprescindíveis para quem está planejando comprar um imóvel ou até mesmo alugar algo. “A gente sabe que este é um momento que envolve bastante planejamento, investimento e sonhos. Então, não custa nada saber algumas formas para garantir que o sonho do imóvel não se transforme em pesadelo para a vida”, alerta. Confira as dicas:

Pesquise antes de fechar negócio

“A pesquisa e a informação ainda são as principais ferramentas para não cair em fraudes”, afirma o profissional. Verificar o histórico da empresa com a qual se está tratando faz parte dos primeiros passos para quem está em busca de um imóvel.

“A pesquisa é fundamental. Saber quem é a construtora, imobiliária ou corretor é essencial. Verificar histórico, quantos anos atua no mercado, e até mesmo verificar avaliações e depoimentos de clientes é uma dos pontos de partida para quem está em busca de um imóvel”, afirma.

Verifique a matrícula do imóvel

No caso da operação deflagrada em SC, SP e RJ, os estelionatários criavam empresas chamadas de SPEs – empresas de propósito específico – ou seja, CNPJs criados para executar um projeto ou atividade específica de forma temporária para lançar empreendimentos imobiliários sem registro legal. “Na prática, eles vendiam imóveis que não existiam”, explica o especialista.

Por isso, conferir a matrícula do imóvel é essencial. “Se a corretora ou imobiliária for confiável, ela já vai disponibilizar a matrícula e, inclusive, auxiliar o comprador nessa verificação”, explica.

Desconfie de valores abaixo da média

Já diz o ditado: quando o milagre é demais, o santo desconfia. E estar atento a promessas muito vantajosas pode ser o primeiro indício de uma possível fraude. “A maior parte dos golpes oferece vantagens muito diferenciadas, contratos muito facilitados, entre outras coisas. Precisa desconfiar sempre. Afinal, a compra de um imóvel é um momento muito esperado”, finaliza.

 

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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