Modelos de baixo investimento ganham força e devem liderar novas aberturas em 2026

Modelos de baixo investimento ganham força e devem liderar novas aberturas em 2026

Com a alta de serviços essenciais e expansão do franchising, cresce o interesse por operações mais simples, flexíveis e de menor risco entre os novos empreendedores

O empreendedorismo brasileiro caminha para um novo ciclo de expansão em 2026, impulsionado pela busca por autonomia financeira. O setor de serviços, por exemplo, liderou o número de criação de novos negócios até novembro de 2025, representando 64% do total de empresas criadas. Paralelamente, o segmento de franquias mantém ritmo acelerado: a Associação Brasileira de Franchising (ABF) registrou R$ 76,6 bilhões em faturamento no terceiro trimestre de 2025, alta de 9,1% em relação ao ano anterior, com destaque para Limpeza e Conservação, que avançou 14,5% e se consolida como porta de entrada para quem busca empreender com menor complexidade operacional e alta demanda.

Esse cenário tem moldado um novo perfil de empreendedor. Trata-se de um investidor que prefere modelos já testados e com riscos reduzidos, busca operação home based para manter custos baixos, valoriza serviços recorrentes e essenciais, e procura flexibilidade para conciliar a vida profissional e pessoal. Essa tendência se intensifica em cidades pequenas e médias, onde a demanda por serviços essenciais cresce mais rapidamente que a oferta.

Novos negócios

Dentro desse contexto, operações como o da Maria Brasileira, maior rede de limpeza residencial e empresarial do país, ilustram claramente como o mercado está se adaptando às necessidades do novo empreendedor. A rede já conta com unidades em todos os estados do país, com mais de 500 operações e apresentou um incremento de 16,2% no terceiro trimestre do ano, acompanhando o crescimento do setor. Segundo o CEO, Felipe Buranello, o avanço desse formato amplia o acesso ao empreendedorismo  e contribui para a formalização de novos negócios.

“O empreendedorismo precisa ser uma porta de entrada concreta para quem quer transformar ideias em resultados reais”, afirma Buranello. Ele destaca quatro fatores que impulsionam o interesse crescente por esse tipo de operação: “o baixo investimento inicial, já que a ausência de ponto físico reduz custos fixos e facilita a entrada; a operação home based, que oferece flexibilidade ao empreendedor e melhora a gestão do tempo; a demanda recorrente, característica de serviços essenciais que garantem previsibilidade e fidelização; e o forte potencial em cidades pequenas e médias, onde a oferta de serviços ainda é limitada e a concorrência menor”, afirma o CEO.

Para Buranello, o avanço das microfranquias cria um ciclo positivo de inclusão produtiva. “Esses modelos aproximam a população da formalização, fortalecem economias locais e ajudam a transformar empreendedores com suporte estruturado”, reforça

A expectativa para 2026 é de que negócios de baixo custo continuem em destaque. “Principalmente aqueles ligados a serviços essenciais e operações flexíveis, tendências que acompanham mudanças no comportamento do consumidor e do mercado de trabalho”, finaliza o CEO da Maria Brasileira.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná.Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social.Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos.Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas.Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005).Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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