Inflação impacta produção de refeições coletivas

Inflação impacta produção de refeições coletivas
A Risotolândia serve refeições em 120 empresas privadas.

Aberc define o cenário como alarmante

A alta dos preços dos alimentos vem impactando a operação das empresas que fornecem refeições coletivas – as chamadas cozinhas industriais. O setor sente o peso da inflação nas principais commodities alimentares que compõem sua produção: elas aumentaram cerca de 28% nos últimos meses, o maior índice em 10 anos, aponta a Organização para Agricultura e Alimentação (FAO) das Nações Unidas. A Associação Brasileira das Empresas de Refeições
Coletivas (Aberc) define o cenário como alarmante.

O aumento nos preços do setor foi liderado pelo óleo vegetal, que ficou 65,8% mais caro no último ano. Mas foram os cereais que registraram o crescimento mais expressivo. Devido à seca, o preço do milho subiu 44,1% em 2021, enquanto o trigo avançou 31,3%. Segundo a Aberc, mais da metade dos custos de uma refeição (55%) diz respeito a matérias-primas alimentares e insumos – justamente as que mais pressionam a inflação. A cenoura, por exemplo, alcançou
83,42% de aumento, seguido pela mandioca (46,23%), pepino (39,09%), tomate (31,33%), alface (30,62%) e proteínas em geral (25,16%).

Preços continuarão subindo

E a expectativa não é nada animadora. Estima-se que os preços continuem numa crescente também nos próximos meses, já que ainda não refletem as repercussões que a guerra entre Rússia e Ucrânia poderá vir a ter no agronegócio. Além dos alimentos, o custo de produção das refeições coletivas também vem sendo pressionado pela alta constante do petróleo. De acordo com a Aberc, esse impacto no setor se dá em duas vertentes: no custo dos transportes e no gás de cozinha.

As refeições coletivas são comuns de serem oferecidas a trabalhadores e usuários da indústria, hospitais, alimentação e escolas e, para diminuir a pressão da inflação sobre os resultados do setor, as empresas fornecedoras de refeições coletivas já estão tomando medidas emergenciais junto aos parceiros de vendas e clientes, dialogando para buscar renegociações de preços com clientes e fornecedores numa tentativa de adequar os contratos às novas condições do mercado. Outra solução tem sido revisar os cardápios e, até mesmo, implementar campanhas de redução do desperdício.

“A palavra da vez é negociar para diminuir a pressão da inflação sobre os resultados das empresas do nosso segmento. Estamos orientando a todos, para essa tomada de decisões emergencial e tão necessária, bem como para implementar campanhas que busquem redução de desperdícios adequar e equilibrar contratos às novas condições do mercado” fala Carlos Humberto de Souza, presidente do Sindicato das Empresas de Refeições Coletivas e Alimentação Escolar do Paraná e de Santa Catarina (Sercopar) e vice-presidente Regional da Aberc para os estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná.Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social.Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos.Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas.Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005).Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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