60% das empresas adotam políticas de reembolsos flexíveis

60% das empresas adotam políticas de reembolsos flexíveis

Empresas que aplicam políticas corporativas flexíveis tendem a ganhar confiança dos colaboradores

Se você é do ambiente corporativo, certamente já se deparou com alguma situação em que obteve um gasto e foi reembolsado pela empresa porque se tratava de uma transação relacionada à companhia.

Viagens corporativas, almoços de negócio ou desembolso de qualquer custo para a empresa, são passíveis de compensação pela empresa. Os famosos reembolsos de despesas são assegurados por lei e todos os custos com atividades de trabalho devem ser arcados pela companhia.

A política de reembolso é obrigatória pela lei trabalhista brasileira e a execução incorreta do documento fiscal pode gerar muita dor de cabeça e prejuízos para as empresas.

Sem a política, as fraudes são constantes, os funcionários podem esperar mais que o necessário para receber o estorno e a empresa pode sofrer processos e penalizações trabalhistas.

Por conta disso, observou-se que, no último anos, 60% das empresas passaram a aplicar políticas de gastos flexíveis, nas quais as despesas fora dos limites são avaliadas caso a caso. A informação é do documento Cenário das Despesas Corporativas no Brasil | 2021, feito pela Vexpenses, agência de acompanhamento das despesas organizacionais.

O que é uma política de reembolso?

Além de promover o reembolso pontual de gastos, uma política de reembolsos organizacionais envolve todo o conjunto de processos que regulamenta e faz a gestão financeira acontecer de modo seguro e transparente para todas as partes envolvidas.

Uma política implica na consolidação de regras claras sobre o que pode ou não ser feito e como isso deve ser realizado, formalizando o que é elegível para reembolso, limites de valores e como deve ocorrer a prestação de contas.

Uma política bem desenvolvida é fundamental para que a prevenção à fraude seja uma prática presente nas companhias.

Ainda mais quando o tema é reembolso, pois 21% das fraudes nas empresas ocorrem por meio dos processos de ressarcimento de custos para os funcionários.

As principais despesas corporativas cobertas por política de reembolso são:

  • passagens aéreas e rodoviárias;

  • quilometragem percorrida em curtas e longas distâncias para viagens de negócios;

  • hospedagem;

  • alimentação.

Quando ela é flexível?

O tipo de política flexível serve exatamente nesse último ponto: ele é preciso em atender diferentes situações e tipos de reembolso e é uma ferramenta de ação contra fraudes, reembolsos indevidos e pagamentos incorretos pois é adaptável.

São dois os principais tipos de política de reembolso:

  • política simples: definições e regulamentações básicas para as práticas de solicitação de reembolso, prestação de contas e quais despesas são aplicáveis à política;

  • política detalhada: contempla além do que está presente na política simples, aspectos mais profundos e específicos de acordo com o que a empresa precisa definir. Há maior controle de cada etapa e uniformização das responsabilidades.

 

O reembolso flexível pode servir em ambos os casos e ele é extremamente personalizável e de fácil adaptação, afinal, quando a situação envolve dinheiro, imprevistos são comuns e políticas rígidas serão obstáculos para execução perfeita da compensação.

 

No caso flexível, a implementação da cultura de compliance é ainda mais forte, já que a perspectiva da empresa é a de construir uma relação de confiança com o colaborador e fazer do documento apenas uma “garantia” do que precisa ser cumprido.

 

Mais da metade das empresas adotam políticas flexíveis porque reconhecem que imprevistos fazem parte do negócio e a flexibilidade pode contribuir para uma gestão financeira mais eficaz e que esteja preparada para o que não foi planejado.

 

Elas requerem a implementação de um sistema de prestação de contas mais tecnológico e personalizável, um adicional de peso que trará resultados muito positivos para todo o negócio.

Como criar práticas de reembolso eficazes

Não deve ser nenhum bicho de sete cabeças transformar a gestão financeira e aplicar práticas de reembolso flexíveis nas companhias. Independente do tamanho do negócio e da quantidade de funcionários.

Os benefícios decorrentes da adoção da política flexível são muito fortes e impactantes para a evolução da companhia:

  • evitam processos e cobranças trabalhistas;

  • reduz gastos;

  • identifica fraudes e aplicações financeiras indevidas;

  • auxilia no processo de prestação de contas;

  • facilita o pedido de reembolso por parte dos colaboradores, evitando desentendimentos e erros manuais.

Para aplicação eficaz de medidas de compensação flexíveis, basta, antes de tudo, que a empresa esteja disposta a ser mais transparente.

Posteriormente, junto dos times da área Legal e Financeira, a gestão deve estudar como a prática de reembolsos é executada atualmente e refletir sobre quais mudanças devem ser aplicadas.

É importante compreender quais os furos no processo atual, investigar se os funcionários entendem o que a prática significa e trabalhar para mudar o que não está certo, tendo em mente uma visão mais aberta e flexível.

Um modelo mais aberto de prestação pode ser um primeiro passo para estabelecer uma política de reembolso efetiva e que faça sentido para diferentes usos corporativos.

 

Aproveitar o que a tecnologia oferece é uma das melhores saídas para a consolidar as novas políticas de modo funcional.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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