Pesquisa mostra otimismo moderado de comerciantes e consumidores curitibanos para a Black Friday
56% dos curitibanos pretendem realizar compras nesta Black Friday
A mais recente pesquisa realizada pela Associação Comercial do Paraná (ACP), em parceria com a Datacenso Pesquisa e Inteligência de Mercado, revela um cenário de otimismo moderado entre comerciantes e consumidores de Curitiba em relação à Black Friday 2025. O levantamento ouviu 321 entrevistados (sendo 120 comerciantes e 201 consumidores) entre os dias 5 e 8 de novembro, e apresenta uma expectativa do comércio de crescimento de 3% nas vendas, em comparação ao ano passado.
“A Black Friday 2025 representa uma oportunidade estratégica para estimular o consumo, fortalecer o relacionamento com clientes e impulsionar o desempenho econômico do varejo curitibano”, diz o presidente da entidade, Antônio Gilberto Deggerone.
Varejo curitibano projeta leve alta nas vendas
O resultado reflete um ambiente de negócios mais confiante e estratégias promocionais mais robustas. A internet e as redes sociais aparecem como os principais canais de comunicação escolhidos por 92% dos lojistas, superando amplamente mídias tradicionais como TV (17%), divulgação na fachada/vitrine (12%) e rádio (8%).
Mesmo diante de um cenário macroeconômico desafiador, 61% dos comerciantes afirmam estar esperançosos com o futuro de seus negócios. O Índice de Confiança do Comerciante (ICC) atingiu 132 pontos em uma escala de 0 a 200, indicando uma expectativa levemente otimista.
Consumidor curitibano confiante e planejado
Do lado do consumo, 56% dos curitibanos pretendem realizar compras nesta Black Friday, reforçando a consolidação da data no calendário comercial. Os produtos mais desejados são roupas (36%), eletrodomésticos (25%), calçados (23%) e eletrônicos (20%). O gasto médio estimado é de R$ 914,05, com destaque para consumidores de 36 a 45 anos, que pretendem desembolsar cerca de R$ 964,13.
A pesquisa também mostra que o comportamento de compra é racional e planejado: 98% dos consumidores pesquisam preços antes de comprar, priorizando marketplaces e lojas online (52%). Ainda, quase metade dos entrevistados (46%) pretende gastar mais do que no ano anterior, revelando maior confiança e disposição para o consumo.
Em relação ao meio de pagamento, o Pix (30%) se consolida como o principal, seguido pelo débito (27%), evidenciando uma tendência de pagamentos à vista e controle financeiro.
Comércio eletrônico
Os dados mostram que o e-commerce (57%) se mantém como o principal canal de compra na Black Friday, reforçando uma tendência já consolidada de migração do consumo para o ambiente digital. As lojas de rua (45%) continuam com papel relevante, especialmente entre consumidores que valorizam o contato direto com o produto, enquanto lojas de shopping (22%) e de departamento (15%) apresentam participação mais discreta. As redes sociais ganham espaço como canal complementar (12%).
Segundo o estudo, percebe-se que os preços competitivos (67%) são o fator mais determinante na escolha de uma loja, seguidos de perto pela qualidade dos produtos (61%) e pelas promoções e descontos (60%).
Oportunidades para o comércio
Para o economista Cláudio Shimoyama, responsável técnico pela pesquisa, os resultados apontam para um comércio resiliente e adaptado ao digital, com boas oportunidades para quem investir em promoções atrativas e estratégias de comunicação online.
“O cenário é de otimismo moderado. O consumidor curitibano está mais consciente e o comércio demonstra maturidade para aproveitar o período de promoções com responsabilidade e foco em resultados sustentáveis”, destaca Shimoyama.


