Caixa volta a operar financiamento de construção de imóveis acima de R$ 2,25 milhões
Modalidade Construção Sustentável pode ser contratada para construções que valorizam a eficiência energética, redução de impacto ambiental e tecnologias sustentáveis
A Caixa anunciou, nesta sexta-feira (14), durante a COP30, o retorno da linha de financiamento de construção com recursos SBPE para imóveis com valores acima de R$ 2,25 milhões, superior ao atual limite do Sistema Financeiro de Habitação (SFH). A novidade agora é que, para contratação, os imóveis deverão contar com aspectos de sustentabilidade incorporados ao projeto, como eficiência energética, redução do impacto ambiental, uso de tecnologias sustentáveis, entre outros itens.
Na modalidade para valores dentro do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), as taxas de juros, pós-fixadas, serão a partir de 12,80% ao ano, acrescidas da Taxa Referencial (TR). O início das contratações está previsto para janeiro de 2026, com atendimento diferenciado desde a contratação até a finalização da obra. A implementação desses critérios sustentáveis está relacionada com o Selo Casa Azul Caixa, que passa a ser obrigatório nessa modalidade de financiamento. A certificação do banco é destinada a projetos com soluções eficientes na concepção, execução, uso, ocupação e manutenção das construções, sendo um instrumento de classificação Ambiental, Social e de Governança (ASG).
Atrelar critérios de sustentabilidade aos financiamentos imobiliários é um avanço que atribui cada vez mais legitimidade à Caixa como promotora de um futuro mais justo e sustentável, conforme destaca a vice-presidente de Habitação, Inês Magalhães. “Estimamos contratar em 2026 cerca de R$ 8 bilhões em financiamentos de construção de imóveis destinados a pessoas físicas, com crescimento no SFH e retorno do atendimento ao público que deseja construir imóveis com valores no SFI. Assim, fica evidente, em linha com os objetivos da COP30, que é possível crescer com sustentabilidade, incentivando o setor da construção civil a reduzir o impacto ambiental”, comenta a vice-presidente.
Selo
Inicialmente, somente os projetos com imóveis avaliados a partir de R$ 2.250.000 terão o Selo como item obrigatório. Posteriormente, haverá a expansão para todas as operações, independentemente do valor. Com a obrigatoriedade do Selo Casa Azul Caixa, a certificação passa a ser também um dos critérios para bonificação da taxa de juros, que pode ser mais atrativa conforme o nível de relacionamento e a gradação do Selo, a partir de critérios técnicos. O projeto é classificado em três níveis: Bronze, Prata e Ouro. A pontuação mínima para se obter a primeira gradação do Selo é de 8 pontos. Mais informações sobre os critérios e pontuações de cada um estão disponíveis na página Selo Casa Azul CAIXA.
O objetivo da obrigatoriedade é que as obras utilizem os recursos naturais de maneira racional, adotando soluções arquitetônicas de qualidade na construção, uso, ocupação e manutenção de unidades habitacionais.
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