Como declarar o Imposto de Renda sendo motorista de aplicativo? E de taxi?

Como declarar o Imposto de Renda sendo motorista de aplicativo? E de taxi?

Muitos taxistas e motoristas de aplicativo são profissionais autônomos e prestam serviços de transporte para pessoas físicas ou empresas, seja recebendo o pagamento dos serviços em dinheiro ou cartão de crédito, ou, no caso das empresas, com cobranças a partir de boletos emitidos por cooperativas de taxistas, mediante à emissão de notas fiscais.

O trabalhador desta categoria terá de declarar caso tenha rendimentos tributáveis superiores a R$ 28.559,70, o que inclui os valores pagos pelas corridas, o salário (caso seja empregado) e outros rendimentos que podem receber, como comissões, aposentadoria e aluguel de bens. Caso se enquadre alguma das outras regras de obrigatoriedade da Receita Federal, também terá de fazer a declaração.

Como declarar?

Os taxistas e os motoristas de aplicativo pagam o IR mensalmente por meio do carnê-leão, que funciona como uma antecipação mensal do imposto, e é devido por todas as pessoas físicas que recebem rendimentos de outras pessoas físicas.

Desses rendimentos, 60% são tributados e os 40% restantes são isentos, o que serve como uma compensação para as despesas que os motoristas têm com os veículos.

Para calcular o valor do IR devido, acesse o site da Receita Federal, baixe o programa “Carnê-Leão 2019” e preencha com os valores mês a mês. A partir dos dados informados, o programa efetuará o cálculo do imposto devido e, se os 60% dos rendimentos tributáveis somarem até R$ 1.903,98 mensais, ele não precisará pagar imposto. Caso superem o valor, terá de pagar.

A alíquota do IR varia entre 7,5% e 27,5%, e, como o valor do IR pago no mês com o carnê leão é uma antecipação do valor devido no ano, ele será abatido do imposto apurado no final da declaração.

Para obter os dados dos passageiros (nome, número do CPF e o valor da corrida) o motorista de aplicativo deve solicitar o informe de rendimentos da empresa administradora do aplicativo. O motorista de taxi, por sua vez, deve ter essas informações no canhoto do recibo fornecido ao passageiro, a não ser que preste serviços para uma cooperativa: “neste caso, não é necessário utilizar o carnê-leão, mas ele deve solicitar o informe de rendimentos à cooperativa para poder fazer a sua declaração” alerta Valdir Amorim, coordenador de impostos IOB, da Sage Brasil.

Importação dos dados do Carnê-Leão para o programa de declaração

Os dados do programa Carnê-Leão podem ser exportados para o programa da declaração. Isso pode ser feito da seguinte forma:

  1. No programa da declaração, clique no botão “Importações”;
  2. Clique em “Carnê-Leão 2018”;
  3. Selecione o arquivo gerado pela opção “Exportar para o IRPF 2019” do programa Carnê-Leão, na pasta em que você o salvou;
  4. Clique no botão “Importar”.

Modelo completo ou simplificado: qual a melhor forma de declarar?

Se o motorista estiver obrigado a declarar, ele pode optar pelo modelo completo ou simplificado. Ao final da declaração o programa da declaração indica qual é a melhor opção a ser escolhida.

“No modelo simplificado há o desconto padrão de 20% sobre os rendimentos tributáveis, que substitui todas as deduções legais (dependentes, despesas médicas, dentistas, instrução etc.), limitado a R$ 16.754,34. Para Valdir Amorim, coordenador de impostos IOB, da Sage Brasil: “Essa é uma ótima opção para a pessoa física que tem apenas uma fonte de renda e poucas despesas a deduzir”. Caso contrário, a melhor opção é o modelo completo”. Também é importante que não se esqueça de guardar todos os comprovantes por, no mínimo, cinco anos.” afirma Valdir.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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