Administradoras paranaenses ainda não se lançaram no consórcio de serviços

Um mês depois da entrada em vigor da chamada Lei dos Consórcios , que criou o consórcio de serviços, as 20 administradoras do Paraná ainda não se lançaram no novo negócio, que está sendo oferecido apenas pelas grandes empresas nacionais do setor.

Eu conversei com o diretor regional da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcio, Reinaldo Bertini, e ele me disse que como o segmento de serviços é amplo, nossas empresas estão estudando como será feita a formação destes grupos, bem como buscando as garantias reais. O consórcio de serviços permitirá a compra de pacotes de viagem, reforma da casa, serviços médicos, entre as quais, cirurgias plásticas, próteses dentárias e até cursos de pós-graduação no exterior.

A primeira empresa a oferecer o consórcio de serviços no Brasil é a  Embracon, que tem duas filiais em Curitiba e também opera em Maringá e Cascavel. Este consórcio que atua nacionalmente já fechou dois grupos, com participação de 144 pessoas cada um. O primeiro oferece cartas de crédito de até R$ 10 mil e outro entre R$ 10 mil e R$ 20 mil. Os prazos variam de 12 a 36 meses.

De acordo com o diretor regional da Abac, a grande vantagem do consórcio é que não há a cobrança de juros, mas sim de uma taxa de administração, que oscila entre 12% e 15%. Por exemplo, um consórcio de 36 meses a uma taxa de 15%, terá um custo de 0,41%, contra uma taxa de financiamento de 2,5% mensais.  Outra vantagem é que com o dinheiro na mão, o consorciado poderá barganhar um preço melhor pelo serviço.

Pelas novas regras, um consorciado que queira reformar a casa, outro que deseja viajar para a Europa ou Estados Unidos e um terceiro que quer em modelar o corpo por lipoescultura, por exemplo, poderão fazer parte do mesmo grupo. Se no momento da contemplação, o consorciado desistir do serviço que pretendia contratar, terá a chance de utilizar a carta de crédito para outra finalidade.

Não importa qual serviço será contratado, mas é fundamental que o prestador de serviço seja uma empresa formalizada, já que o pagamento será feito diretamente da administradora para a empresa, sem passar pela conta corrente do consorciado.