Até que enfim, Curitiba terá uma bienal do livro
Pela primeira vez Curitiba será palco de uma bienal do livro. As bienais de livros são realizadas há mais de 50 anos em Porto Alegre e há 40 anos em São Paulo, mas Curitiba, considerada a capital social, do teatro, da ecologia, ainda estava carente de um evento do ênero. A 1ª Bienal do Livro de Curitiba receberá investimento de R$ 1 milhão e será realizada de 27 de agosto a 4 de setembro, no ExpoUnimed. A apresentação da bienal do livro de Curitiba foi feita na manhá desta quinta-feira (16), no Castelo do Batel.
A promoção do evento é da Aência Esfera, empresa curitibana do setor de comunicação, com atuação nacional, e que está completando dez anos de atividades. Eu conversei com o diretor da Esfera, Julcio Torres, e ele me contou que a empresa fez uma pesquisa para saber o que o público de Curitiba mais tinha carência. Em primeiro lugar os curitibanos apontaram a falta de uma bienal do livro.
Além da necessidade local, o projeto da bienal também saiu do papel em função de uma triste realidade brasileira com relação á leitura. Hoje, cada brasileiro lê, em média, 1,8 livro/ano. Para se ter uma idéia do abismo que separa o Brasil dos países desenvolvidos, a média nacional está muito abaixo do que se lê nos Estados Unidos (cinco livros per capita/ano) e da Europa (oito livros por habitante). Até os colombianos leem mais que os brasileiros. Na Colômbia, o índice de leitura é de 12 livros/ ano por habitante.
A 1ª Bienal do Livro de Curitiba promete movimentar o mercado editorial local e nacional. Ainda não há uma expectativa do número de negócios a serem fechados, mas todas as áreas do conhecimento estarão presentes nos 258 estandes. Como Curitiba entre outros atributos também é considerada a capital do sebo, são 42 em atividades, também este tipo de negócio poderá ser encontrado no evento.  Â