A previsão da Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário (Asserttem) para o peíodo que antecedeu o Dia das Máes foi confirmada: 26 mil vagas temporárias foram abertas, o que representou 11% a mais do que no ano passado, em todo o país. A proximidade entre a Páscoa e o Dia das Máes permitiu que muitos trabalhadores temporários contratados para a primeira data permanecessem na mesma vaga até maio. No total, entre novas contratações e remanescentes, foram empregados 65 mil temporários. O índice de efetivação foi 10%, o que significa emprego novo para 6,5 mil trabalhadores. Jovens em situação de primeiro emprego ocuparam 23% das vagas.
Para o presidente da Asserttem, Vander Morales, os principais motivos que justificam o aumento das contratações na comparação com 2009 foram o retorno das linhas de crédito aos níveis pré-crise, as taxas menores de juros e a ampliação dos prazos para pagamento elevaram o otimismo do consumidor. A soma destes fatores, em sua opinião, favoreceu o comércio e, como consequência, houve aumento na demanda por mais trabalhadores temporários.
De acordo com o levantamento, encomendado ao Instituto de Pesquisa Manager (Ipema), os setores de vestuário, acessórios, perfumaria e eletroeletrônicos foram os que mais se destacaram. Segundo a diretora de Comunicação da Asserttem, Jismália de Oliveira Alves, a proximidade da Copa do Mundo, que começa em junho, também fez com que televisores de LCD e plasma entrassem na lista de presentes para as máes.
Considerada pelos lojistas como a segunda data comemorativa que mais movimenta o comércio, o Dia das Máes só perde para as festas de fim de ano em vendas e em número de postos de trabalho temporário. Vale lembrar, que o trabalho temporário, regido pela Lei 6.019, de 3 de janeiro de 1974, é utilizado para substituir um funcionário permanente da empresa ou atender ao acréscimo extraordinário de serviços. O contrato deve ter duração máxima de três meses, com direito a prorrogação por igual peíodo. O trabalhador tem os mesmos direitos do efetivo, com exceção do aviso prévio e da multa de 40% sobre o FGTS.
Ano |
Contratações | Variação | Efetivação | 1ºEmprego |
2007 | 76.715 | Â | Â | Â |
2008 | 81.700 | 6,5% | 35,5% | 33% |
2009 | 23.500 | -71,23% | 8% | 19% |
2010 | 26.000 | 11% | 10% | 23% |