Cesta básica de Curitiba tem a terceira menor variação do País

O custo da cesta básica das famílias curitibanas registrou queda de 4,86% em julho se comparado ao mês anterior, sendo a terceira menor baixa entre as 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Nos primeiros sete meses do ano, a cesta básica, em Curitiba, composta de 13 produtos, apresentou alta de 2,02% e no acumulado dos últimos 12 meses houve elevação de 4,55%.

Dos 13 itens que fazem parte da cesta básica, apenas três subiram em julho: óleo de soja, 1,19%; arroz, 0,57% e café, 0,34%. As maiores quedas foram observadas em tomate -24,05%; banana -16,95% e açúcar -7,18%.

O custo da cesta básica para uma família curitibana composta de casal e duas crianças foi de R$ 648,33, no mês passado, sendo necessário 1,27 salário mínimo somente para satisfazer as necessidades do trabalhador e de sua família com alimentação.

Das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese, 16 registraram queda nos preços da cesta. De acordo com o professor de Finanças da FGV-Eaesp, Fabio Gallo Garcia, a desaceleração da economia e as altas da Selic são alguns dos fatores que influenciaram esse resultado.

Ele lembra que o início de 2010 foi marcado pelo IPCA em alta, tendo como principais causas o subida de preços do açúcar, álcool anidro, escolas e alguns outros itens com elevação de preços sazonais. A subida de preços persistiu ao longo do primeiro semestre devido ao forte nível de consumo que veio desde o último quadrimestre de 2009. Segundo Garcia, no primeiro trimestre o crescimento da economia foi muito forte, o segundo trimestre, por outro lado, tem dado mostras de que não manterá o mesmo desempenho. Os últimos dados divulgados pelo IBGE dão conta de que o nível de atividade de nossa economia caiu. A produção industrial apresentou retração de 1% em junho frente a maio, já descontando os efeitos sazonais, esta é a terceira queda do indicador. Além disso, outros fatores que vinham alimentando a elevação de preços não estão mais presentes como a Copa do Mundo. Some-se a esses fatores o combate a inflação, para manutenção da meta, praticado pelo BACEN que elevou a taxa Selic para 10,75% ao ano em sua última reunião.

Sobre a tendência para o valor da cesta básica para os próximos meses, Garcia ressalta que não há fator algum que aponte para uma elevação de preços. Ao contrário, todas as análises apontam para manutenção ou queda de preços pontuais”.

Soma

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