Construção civil deve reduzir ritmo de expansão em 2011

O ritmo da atividade na construção civil deve se desacelerar no início de 2011, aponta a Sondagem da Construção Civil, divulgada nesta sexta-feira (29), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O indicador de expectativa dos empresários em relação á s atividades do setor para os próximos seis meses caiu de 65,3 para 60,8 pontos entre setembro e outubro deste ano. A pesquisa foi realizada entre os dias 4 e 19 de outubro, com 393 empresas.

Se o ano de 2010 será lembrado pela forte expansão do setor, os primeiros indícios do ano de 2011 mostram um crescimento mais moderado”, diz a Sondagem.  Os motivos para essa redução do otimismo são o aumento da preocupação dos empresários com as condições financeiras das empresas e o a competição acirrada de mercado.

O indicador de margem de lucro operacional das construtoras caiu de 52,4 para 50,2 pontos no terceiro trimestre do ano em comparação com o segundo trimestre. Ao mesmo tempo, o indicador de situação financeira diminuiu de 55,1 para 53,9 pontos. Os indicadores da pesquisa variam de zero a cem. Valores acima de 50 pontos indicam crescimento. Além disso, o indicador do nível de atividade também recuou de 56 pontos em agosto para 53,8 pontos em setembro. Embora tenha perdido o fôlego, o índice permanece, pelo oitavo mês consecutivo, acima do usual para o peíodo. A queda do indicador foi puxada pelo pior desempenho das médias e grandes empresas, informa a pesquisa da CNI.

A falta de trabalhador qualificado, problema inerente a um forte ritmo de crescimento, é o principal problema apontado pelos empresários da construção civil. A carência de mão de obra foi assinalada por 64% dos empresários no terceiro trimestre do ano, dois pontos percentuais acima do registrado no trimestre anterior. A elevada carga tributária foi o segundo maior problema, sendo registrado por 58% dos empresários pesquisados. Com a falta de profissionais o custo da mão de obra subiu e passou do quinto para o terceiro principal problema apontado pelas empresas. O problema foi assinalado por 30,2% dos empresários pesquisados.

Soma

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *