Venda de eletrodomésticos cai em volume, mas aumenta em faturamento

O fim do IPI pesou negativamente na venda de eletrodomésticos da linha branca, este ano, quando comparado ao ano passado, mas se compararmos o Brasil a outros países ainda estamos num patamar bem superior. Há quem diga que a diferença está no fato de que o consumidor brasileiro continua confiante tanto em relação á  sua própria situação financeira quanto ao desemprego, renda e desempenho da economia. Já o consumidor europeu ou americano, por exemplo, diante do quadro econômico perdeu a vontade de consumir.
 
O que se verifica neste setor, é que embora o número de unidades vendidas de eletrodomésticos seja menor em 2010, o mesmo não deve ocorrer com o faturamento. E a justificativa é simples: está mudando o perfil de consumo dos brasileiros, que estão cada vez mais exigentes. O que se vê é  uma melhoria no mix de produtos, com crescimento em valor. Os refrigeradores com duas portas ou os que possuem freezer na parte inferior, ou com tecnologia frost-free estão crescendo neste ano em relação aos anos anteriores. O mesmo acontece com os fogões de seis e cinco bocas. Também está ocorrendo a substituição das lavadoras, antes semiautomáticas (tanquinhos) pelas automáticas. Este ano também pesou o efeito Jabulani, pois no peíodo pré-Copa do Mundo muitos consumidores adquiriram uma TV nova e, endividados para os próximos meses, reduziram o consumo de outros equipamentos para a casa.

Para 2011, os efeitos de curto prazo, como o fim do IPI e a Copa do Mundo, deixarão de ter influência e a tendência é de recuperação total no setor de eletrodomésticos, que aposta, inclusive, no avanço de produtos mais elaborados, que começam a se popularizar.

Soma

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