Governo terá que tomar novas medidas para conter inflação

O ándice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, registrou alta de 0,83% em novembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (8). በo maior índice mensal desde abril de 2005, quando havia atingido 0,87%. De acordo com o professor de economia da FGV-EAESP (Escola de Administração de Empresas de São Paulo), Evaldo Alves, a inflação pode aumentar ainda mais por conta do aquecimento da economia e da oferta de crédito.

Existem atualmente na economia brasileira vários focos de pressão inflacionária como o aquecimento da economia; a oferta de crédito maior do que a disponibilidade de bens e serviços; o déficit público que coloca um volume de recursos na economia maior do que a arrecadação, ao lado da entrada de recursos externos de cunho especulativo. Esta situação produz um volume de demanda acima da capacidade de atendimento, constituindo um campo fértil para a inflação prosperar”, explica Alves.

Os itens que aumentaram mais foram os de alimentos e bebidas, que passaram de 1,89% para 2,22% em novembro. A inflação, portanto, está atingindo de forma mais contundente os mais pobres que são os que gastam, proporcionalmente mais alimentação. Para os próximos meses, segundo Alves, o governo deverá fazer ajustes para conter o aumento exacerbado da inflação. Algumas medidas já foram tomadas pelo governo relacionadas á s restrições ao crédito. As medidas corretivas em relação ao capital externo especulativo já foram tomadas também. Faltam as medidas relativas ao déficit fiscal que ainda estão no campo das intenções. Essas ações deverão ficar para o próximo governo, até porque não existiria tempo disponível para implementá-las ainda este ano.”

Soma

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