Fusões e aquisições devem aumentar em 2011
O ano de 2010 começou com grande otimismo, com corporações e fundos de private equity com recursos significativos e maior volume de crédito. Porém as companhias se movimentaram com cautela devido a incerteza no cenário global, causada por medidas de austeridade, aumentos de impostos, conflitos regulatórios e questões cambiais, entre outras.
A atividade global de fusões e aquisições teve redução de volume no primeiro semestre de 2010 e um ligeiro crescimento no terceiro trimestre quando quatro dos dez maiores negócios do ano foram anunciados. O quarto trimestre seguiu com menor movimento em função de preocupações com dívidas na Europa.
Para o líder de fusões e aquisições na Ernst & Young Terco, Ricardo Reis, 2010 foi um ano de recuperação com destaque para estes mercados em alto ritmo de crescimento, enquanto nas economias desenvolvidas um limitado volume de transações foi registrado. O volume de negócios nos BRICS (Brasil, Rússia, ándia e China) atingiu quase US$ 372 bilhões, 46% a mais que em 2009.
As negociações envolvendo fundos de private equity no mundo totalizaram 1778 com um volume de recursos de US$ 196 bilhões. A Ernst & Young aponta para a possibilidade de um número expressivo de operações envolvendo esses fundos em 2011.
Na medida em que as companhias superam a crise de 2008, o foco no crescimento retornaâ€, afirmou Reis. O primeiro passo, em geral, é um crescimento orgá¢nico e o seguinte são as fusões ou aquisições. As empresas estão acumulando caixa e prontas para novas transações. Falta apenas retomar a confiança para registrarmos um número mais expressivo de fusões e aquisiçõesâ€, disse Reis.