Desaceleração do crédito ao consumidor vai continuar
O conjunto de medidas anti-inflacionárias já adotadas pelo governo, em especial as que atingem diretamente o mercado de crédito (aumento de compulsórios, medidas macroprudenciais, elevação da taxa básica de juros), combinado com um nível de endividamento mais elevado do consumidor, deverão continuar proporcionando uma trajetória menos acelerada do ritmo de concessões de crédito á s pessoas físicas, ao longo dos próximos meses.
Dado que não está descartado, por ora, o aprofundamento de tais medidas, as perspectivas são de que esta desaceleração do ritmo de concessões poderá se estender até os meses iniciais do próximo semestre, salientam os economistas da Serasa Experian.
O Indicador Serasa Experian de Perspectiva do Crédito á s Empresas recuou 0,4% em janeiro de 2011, a quarta queda mensal consecutiva deste indicador, atingindo o valor de 102,1. Segundo os economistas da Serasa Experian, este resultado sinaliza que impactos restritivos sobre o crédito á s empresas deverão prevalecer durante os próximos meses, uma vez que as condições de financiamento para as pessoas juídicas também já começam a ficar menos favoráveis (juros mais elevados e prazos menos elásticos).