Empresas valorizam o caráter e boa vontade dos trabalhadores
Os números mostram que postura dos funcionários é decisiva para se manter na empresa e crescer profissionalmente. E os comportamentos inadequados, que levam á s demissões, vão desde questões relacionadas á acomodação, problemas de relacionamento interpessoal, agressividade ou arrogá¢ncia, até as atitudes que geram desconfiança. በexatamente como acontece na casa da gente. Quando vamos contratar algum serviço como os de encanador, pedreiro, faxineira, qual é a primeira preocupação? በse o profissional é de confiança. E, por vezes, escolhemos pessoas agradáveis e bem dispostas, mesmo quando temos a opção de contratar alguém mais qualificado para o serviço. As empresas também querem profissionais corretos, bem intencionados, honestos e com disposição para fazer o seu melhorâ€, explica o consultor em desenvolvimentos humano e organizacional Sérgio Naguel (foto).
O valor do bom comportamento vai além disso. Várias corporações investem no desenvolvimento dos seus profissionais e equipes, proporcionam oportunidades como cursos e treinamentos. Mas, na maioria dos casos, não conseguem os resultados esperados. Isso acontece porque, além da informação, é preciso querer aplicar o conhecimento. በnecessário ter boa vontade e autocontrole para realizar, mesmo diante da pressão, da cobrança, dos prazos e dos imprevistos do trabalho. Em várias palestras, pergunto aos participantes: quantas vezes a sua empresa vai precisar mandar você para um treinamento, até que você comece a usar o que sabe no seu trabalho? As pessoas sabem, mas não usam o que sabem. São inúmeras barreiras emocionais e de comportamento que impedem que uma pessoa com conhecimento use o que já sabe e cresça profissionalmenteâ€, diz Naguel.
O consultor, que atua há quase 30 anos em empresas, acredita que as empresas devem investir em treinamentos que trabalhem emoções, valorizando a integração das equipes e a afetividade nos grupos. በpreciso provocar a reflexão dos profissionais sobre as atitudes deles no dia a dia de trabalho. A má vontade, a acomodação, a insegurança e, por vezes, até a raiva fazem com que pessoas capazes se anulem na carreira e deixem de criar, inovar, ousar, de fazer. E aí não há qualificação que basteâ€, conclui o consultor.