Brasil e China são destaques em índice mundial de atração de investimentos
O sócio de Transações da Ernst & Young Terco, Carlos Asciutti, afirma que a diversificação geográfica das empresas de private equity está aumentando. Os mercados emergentes, com índices de crescimento favoráveis a longo prazo e mobilidade socioeconômica, se transformaram em pilar fundamental das estratégias de investimento destas empresas. Não é surpresa que Brasil e China sejam os líderes no índice este ano: os dez principais fundos de aquisição em mercados emergentes criados em 2010 têm como objetivo a ásia ou a América Latinaâ€, comentou.
Na Europa Ocidental, a Irlanda, que sofreu uma dramática crise econômica devido ao colapso de seu sistema bancário e financeiro, caiu dez colocações no ranking. A Espanha também caiu, do 20o para o 23o lugar. Houve problemas semelhantes em países da Europa Oriental, que perderam muitos atrativos em consequência da paralisação econômica e do enfraquecimento estrutural dos mercados de capitais.
A ándia atravessa um peíodo de crescimento econômico notável, vindo logo atrás da China nesse aspecto, mas o ritmo de desenvolvimento de outros fatores importantes para o êxito das operações de capital de longo prazo não está no mesmo nível.
O estudo, publicado pelo International Center for Finance Research do Iese, em colaboração com a Ernst & Young, mostra o Brasil como o país que mais subiu no ranking com relação ao índice realizado há cinco anos. O Brasil subiu 14 posições e agora está no 43º lugar no ranking. A Indonésia e a Arábia Saudita cresceram 11 posições, a Indonésia para 48º, a Arábia Saudita para 25º. Outros países que tiveram altas importantes são Vietná, Bahrain e Tunísia.
Estados Unidos, Reino Unido e Canadá ocupam os três primeiros lugares do ranking. Eles obtiveram as melhores classificações nos seis critérios básicos de atratividade nacional para os investimentos de private equity considerados na elaboração do índice: atividade econômica; profundidade do mercado de capitais; tributação; proteção ao investidor e governança corporativa; ambiente humano e social; e cultura empresarial e oportunidades de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês).
Este ano ampliamos o índice de 66 para 80 países, incluindo economias emergentes da América Latina, áfrica e ásiaâ€, declarou o professor Liechtenstein, que dirige a análise em conjunto com o professor Groh, da escola de negócios EMLYON, da França, e Lieser, gerente de projeto do International Center for Finance Research do IESE. Além disso, uma equipe de pesquisas otimizou a estrutura do índice para que ele desse uma imagem mais precisa das forças que impulsionam os investimentos de private equity.
Os autores afirmaram que observaram uma forte correlação entre o retorno dos investimentos de private equity e nosso índiceâ€. Para eles, isso indica que os países mais atraentes também conseguem proporcionar rendimentos maioresâ€. O objetivo do índice é ajudar a comunidade de investidores com análises amplas dos dados socioeconômicos disponíveis, além de oferecer uma ferramenta capaz de permitir á s instituições políticas o fomento das atividades empresariais, o crescimento econômico e o acesso a financiamentos para pequenas e médias empresas.