Com a melhora nas embalagens, indústrias de móveis ganham competitividade

Com objetivo de fortalecer a capacidade de comercialização dos produtos das empresas de móveis e madeira do Paraná, a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) promoveu nos últimos meses um processo de capacitação na área de embalagens, visando tanto no mercado doméstico quanto internacional. O projeto Al-Invest Clínica de Embalagens”, realizado através do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Fiep com apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e recursos do programa Al-Invest, da União Européia, forneceu suporte técnico para 31 empresas distribuídas em quatro importantes pólos moveleiros do Estado: Curitiba, Arapongas, Ampére e Francisco Beltrão. Ao longo de 8 meses estas empresas receberam a visita de um especialista que realizou um diagnóstico da situação das embalagens utilizadas e propôs as ações necessárias para melhorar este aspecto.

Os resultados desta iniciativa serão apresentados nesta quarta-feira (13) durante encontro da Rede CIN, que acontece esta semana em Curitiba, reunindo na capital paranaense representantes de Centros Internacionais de Negócios de várias regiões do Brasil. A apresentação da Clínica de Embalagens, tem como objetivo promover a aplicação deste projeto em outros Estados em um futuro próximo.

A importá¢ncia de uma iniciativa como esta fica evidente quando se observa as caracteísticas dos produtos da indústria moveleira. Geralmente compostos de mais de um material (madeira, metal, vidro, etc.), são peças que frequentemente aliam um grande peso a um acabamento frágil, condições que exigem muitos cuidados no manuseio e – principalmente – no transporte. Sem contar que em muitos casos é preciso planejar a embalagem do móvel montado e desmontado.”, completa o especialista em embalagens Emílio Menezes, que prestou consultoria á s empresas inscritas no programa. Segundo ele, o tema proposto pela Fiep é inovador, pois muitos setores ainda não estão sensibilizados para a importá¢ncia deste elemento nos seus processos produtivos. A embalagem se comunica com o consumidor, é a primeira coisa com a qual ele tem contato.”, afirma.

A consultoria dividiu-se em três etapas. Na primeira, Menezes realizou o diagnóstico individual de cada empresa analisando particularidades como o tipo de produto fabricado, as caracteísticas dos processos, os materiais utilizados, distribuição, etc. A segunda e a terceira etapa destinaram-se á  assistência técnica propriamente dita. Algumas precisavam de melhoria gráfica, outras de melhoria conceitual e havia aquelas que tinham problemas com os fornecedores.”, lembra o especialista.

Apesar da dificuldade em desenvolver sistemas de embalagens para móveis, que tem caracteísticas próprias e distintas entre si, Menezes acredita que os conceitos empregados por ele ao longo do trabalho foram incorporados pelos empresários paranaenses. Ele se afirmou surpreso com a receptividade deste público. Apenas 10% das empresas não aproveitaram totalmente a consultoria.”, afirma. Além da participação maciça dos envolvidos, o comprometimento do empresariado também gerou resultados positivos. O cronograma foi seguido á  risca e ainda conseguimos entregar os produtos uma semana antes do previsto.”, comemora.

Soma

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