Companhias apostam em aquisições no curto prazo
Desde outubro, houve um aumento de 18% no número de companhias propensas a adquirir outras nos próximos seis meses. A proporção daquelas que pretendem fazer aquisições nos próximos dois anos continua relativamente alta – 44%. No entanto, esse número representa uma queda se comparado aos 54% de outubro de 2010 e 67% de abril do mesmo ano.
O levantamento, feito em março com mais de mil altos executivos ao redor do mundo, revela que quase 60% das empresas conseguem ver agora um fim – nos próximos 12 meses – para a crise financeira iniciada em 2008. Além disso, um quinto das empresas globais pesquisadas já considera que a crise acabou – o primeiro aumento significativo na confiança entre executivos em 18 meses.
Mais da metade dos entrevistados (56%) disse que as condições do mercado de capitais continuam melhorando. O acesso a financiamentos para novos projetos não representa um problema para 38% dos respondentes.
Nossa pesquisa constata um interesse crescente por aquisições nos próximos seis meses, com empresas atentas á s oportunidades criadas no atual cenárioâ€, afirma Carlos Asciutti, sócio da área de transações da Ernst & Young Terco. No entanto, fatores externos – entre os quais a instabilidade política no Oriente Médio, desastres naturais e até impactos econômicos na forma de altos impostos e inflação – podem afetar as atividades de fusões e aquisições no longo prazoâ€, completou o executivo.
O estudo mostra que a prioridade para quase 50% das empresas pesquisadas é o crescimento orgá¢nico – o índice é quase o dobro do constatado há 18 meses. As corporações estão focando cada vez mais na construção de melhores negócios sustentáveis por meio de segmentação de clientes e gerenciamento de portfólio.