Índice de Confiança dos Pequenos Negócios tem leve melhora
O Índice de Confiança dos Pequenos Negócios (ICPN), medido mensalmente pelo Sebrae, ficou em 99 pontos, no último mês de novembro. Esse resultado ficou um ponto acima do registrado em outubro, e três pontos acima do resultado de setembro, o que pode indicar que parou de piorar a situação dos pequenos negócios.
“Apesar do ICPN abaixo de 100 indicar uma contração das atividades, o crescimento do Índice nos três últimos meses aponta que a desaceleração econômica pode estar perdendo fôlego”, afirma o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos. Entre os fatores que têm influenciado o fraco desempenho dos pequenos negócios em 2015, estão a alta taxa de juros, o crescimento da inflação e a redução do mercado de trabalho e da renda média real da população.
O setor que mais está confiante na melhora da economia é o Comércio. De acordo com a pesquisa, o ICPN dos empreendedores desse segmento ficou em 101, seguido pelo da Indústria, com 97, Serviços, com 96 e Construção, com 93. Em parte, o otimismo do comércio é influenciado pelo período de festas de fim de ano, que costumam alavancar as vendas do setor.
Já quando analisado por porte, os microempreendedores individuais (MEI) – aqueles que faturam até R$ 60 mil por ano são os mais confiantes. O ICPN desta categoria ficou em 105, seguido pelas pequenas empresas, com 100. Isto mostra que parte do consumo das famílias pode estar migrando para os produtos, serviços ou marcas mais baratas. O ICPN das microempresas ficou em 95.
Entre as regiões do País, os donos de pequenos negócios no nordeste são os que estão com as melhores perspectivas. O ICPN nessa região ficou em 103 e em Pernambuco o Índice atingiu 105 pontos. As regiões Norte e Sul ficaram com um ICPN de 99, seguidas pelo Centro-Oeste com 98 e Sudeste com 97.
O Índice de Confiança dos Pequenos Negócios (ICPN) é medido em uma escala que varia de 0 a 200. Acima de 100, o indicador aponta tendência de expansão das atividades, enquanto abaixo desse valor direciona para possível retração. A pesquisa é feita mensalmente e abrange amostra de 6 mil empreendimentos de todos os setores Indústria, Comércio, Serviços e Construção Civil, entre microempreendedores individuais, microempresas (que faturam entre R$ 60 mil e R$ 360 mil por ano) e negócios de pequeno porte (com faturamento bruto anual entre R$ 360 mil e R$ 3,6 milhões).