Apesar da crise e desemprego, abertura de empresas cresce 5,3% em 2015

Em 2015 foram criadas 1.963.952 novas empresas no Brasil, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas. O número representa um aumento de 5,3% comparado com o montante de novos empreendimentos registrado durante todo o ano de 2014 (1.865.183). De acordo com os economistas da Serasa Experian, o aumento de novas empresas em 2015 foi puxado pelo surgimento de novos microempreendedores individuais. Tal movimento foi estimulado tanto pelos incentivos fiscais e menor burocracia associadas a esta natureza jurídica, bem como pela perda de postos formais no mercado de trabalho por causa da recessão econômica, impulsionando trabalhadores desempregados a buscarem, de forma autônoma, muitos deles como MEI formalmente constituídos, formas alternativas de geração de renda.

Segundo o estudo, das 1.963.952 novas empresas criadas no ano de 2015, 1.491.485 (75,9% do total) foram de Microempreendedores Individuais (MEIs), 167.767 (8,5% do total) foram de Empresas Individuais, 198.263 (10,1% do total) foram de Sociedades Limitadas e 106.437 (5,4% do total) foram de empresas de outras naturezas jurídicas. As MEIs vêm registrando aumento crescente desde o início da série histórica do Indicador – em cinco anos, passaram de pouco menos da metade do total de novos empreendimentos (49,0%, em 2010) para mais de dois terços deste total (75,9% em 2015).

O setor de serviços continua atraindo a maior quantidade de novas empresas: em 2015, 1.198.698 companhias abriram suas portas, o equivalente a 61,0% do total. Em seguida, no acumulado dos doze meses surgiram 598.180 empresas comerciais (30,5% do total) e, no setor industrial, foram abertas 160.634 empresas (8,2% do total) neste mesmo período.

Ao longo destes últimos cinco anos, tem crescido a participação das empresas de serviços no total de empresas que nascem no país. Esta participação aumentou 7,9 pontos percentuais entre 2010 (53,1% do total) e 2015 (61,0% do total).

Por outro lado, a participação do setor comercial tem recuado nestes últimos anos (de 35,6% em 2010 para 30,5% em 2015), ao passo que a participação das novas empresas industriais vem se mantendo estável, variando pouco – de 8,5% em 2010 para 8,2% em 2015.

O Indicador também identificou os ramos de atuação que concentram as maiores taxas de surgimento de novas empresas. O gráfico a seguir exibe o ranking dos 20 ramos econômicos que concentraram o nascimento de novas empresas de janeiro a dezembro de 2015.

Os dados mostram que, entre as 1.963.952 novas empresas nascidas no ano passado 8,5% do total foram do ramo de comércio de confecções em geral. Em seguida, com 8,1% do total estão os novos empreendimentos do ramo de serviços de alimentação. O setor de reparação e manutenção de prédios em instalações elétricas vem em terceiro lugar, com 7,2% do total e 6,7% das novas empresas são de serviços de higiene e embelezamento pessoal. Na quinta posição (3,9%) estão os novos empreendimentos no ramo do comércio varejista de gêneros alimentícios. O ranking de todas as empresas dá prioridade a cinco ramos, que concentram quase 35% dos novos estabelecimentos.

O Sudeste registrou o maior número de empresas abertas de janeiro a dezembro de 2015, sendo a região responsável por 51,7% do total, com 1.014.947 novas empresas. Em seguida, com 18,0% do total e 352.697 empresas, vem a Região Nordeste. A Região Sul ocupa o terceiro lugar, com 322.206 empresas criadas em 2015 (16,4% do total), seguida pelo Centro-Oeste, com 176.305 empresas (9,0% do total). A Região Norte manteve o quinto lugar durante todo o ano, fechando 2015 com a criação de 97.796 empresas (5,0% do total).

Em comparação com o mesmo período do ano passado, todas as regiões apresentaram alta: a Região Sudeste registrou o maior aumento no nascimento de empresas durante os doze meses de 2015 (alta de 6,2%), seguida da região Sul, com aumento de 6,0%, Nordeste, com 4,5%, Norte (2,8%) e Centro Oeste (2,1%).

Entre os estados, São Paulo foi responsável por 27,5% dos novos empreendimentos, totalizando 539.953 empresas criadas entre janeiro e dezembro/2015. Em seguida, o estado com maior número de novas empresas foi o Rio de Janeiro, com 216.074 nascimentos, 11,0% do total.  A terceira posição no ranking nacional de nascimentos, em 2015, ficou com Minas Gerais, que registrou 211.501 novos empreendimentos, 10,8% do total. No Paraná, houve alta de 8,3% no número de nascimentos em 2015, chegando a 123.531. No ano anterior o número foi de 114.016.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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