Melhora índice de confiança dos micro e pequenos empresários

Oito em cada dez micro e pequenos empresários consideram que a economia piorou na segunda metade de 2015, mas a confiança para os próximos seis meses teve leve melhora, passando de 40,03 pontos em dezembro para 42,03 pontos em janeiro. Os dados são do indicador de confiança dos micro e pequenos empresários, calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL).

Apesar da recessão, o índice que mede as expectativas de negócios aumentou de 54,97 pontos para 58,50 pontos na passagem de dezembro para janeiro. O resultado, acima de 50 pontos, mostra que a maior parte dos empresários consultados se diz relativamente confiante. Já o subindicador de expectativas para a situação econômica do País ficou em 48,71 pontos, acima do observado em dezembro, quando estava em 45,61, porém abaixo dos 50 pontos.

“Há um descompasso entre o cenário previsto pelos analistas de mercado e o esperado pela maior parte dos micro e pequenos empresários”, diz Honório Pinheiro, presidente da CNDL. Analistas de mercado ouvidos pelo Banco Central projetam queda de mais de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano e inflação acima de 7%.

“A crise não atingiu com a mesma intensidade todos os setores. O empresário tem, em certa medida, maior controle sobre os rumos de seu negócio, além de um otimismo quanto às perspectivas que se abrem no início do ano”, completa.

Para 30% dos entrevistados, haverá aumento do faturamento neste primeiro semestre. Já 20% acreditam que o faturamento cairá, enquanto 46,6% esperam estagnação. Os que estão otimistas preveem aumento das vendas pela diversificação do portfólio e por novas estratégias que devem adotar neste primeiro semestre. No outro oposto, os que esperam queda culpam a recessão econômica pela retração nas vendas.

“O otimismo demonstra que esses empresários estão mais dispostos e confiantes para assumir riscos e ampliar os negócios, inclusive contratando funcionários e reforçando estoques”, diz Pinheiro. Ele sabe, porém, que o pequeno negócio não é uma ilha. “Espero que neste ano o Congresso e o Planalto se entendam melhor. Todo esse imbróglio econômico diz respeito às incertezas políticas.”

Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o impasse político e o aprofundamento da recessão reforçaram em 2015 a crise de confiança que já existia. Prova é que 79,13% dos empresários consultados disseram ter a percepção de que a situação econômica do Brasil piorou nos últimos seis meses. Para 62,4% dos empresários, o desempenho das suas empresas também piorou no período.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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