Bolsa dispara e dólar opera em baixa
Invertendo a tendência de queda, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) subiu e o dólar caiu nesta quinta-feira (17), dia em que o mercado reagiu à divulgação de áudios de escutas telefônicas do ministro Lula com a presidente Dilma. No pregão desta quinta-feira (17), o índice de referência da Bolsa, o Ibovespa, chegou a valorizar 7,14%, atingindo 51.137 pontos, pouco antes das 16 horas. Esse foi o maior patamar do indicador desde julho do ano passado. Já o dólar comercial é negociado em queda de 3,36% valendo R$ 3,610 para compra e a R$ 3,612 para venda.
Segundo a agência Reuters, os agentes financeiros entendem que os últimos desdobramentos elevam a probabilidade de um impeachment da presidente Dilma Rousseff, o que tem efeito positivo no pregão. Para o mercado, mudanças nas perspectivas econômicas do país passam por um troca do governo, diz a agência.
“O Brasil viveu ontem o auge da sua crise política. Hoje o mercado deve precificar tudo o que aconteceu nessas últimas horas”, destacou o Credit Suisse em nota a clientes, segundo a Reuters, citando que o iShares MSCI Brazil Capped ETF, fundo de índice com ações brasileiras no exterior, subiu quase 6% após o fechamento do pregão regular.
As ações do Banco do Brasil saltaram mais de 16%, liderando os ganhos do Ibovespa e refletindo a avaliação entre investidores sobre os últimos desdobramentos na esfera política. Na esteira, BB Seguridade, que reúne as participações do Banco do Brasil em seguros e previdência, subia mais de 7%.
Os papéis da Petrobras mostravam as preferenciais disparando mais de 11% e os papéis ordinários subindo acima de 9%, também sensíveis ao noticiário político, tendo ainda como pano de fundo o avanço do petróleo no exterior. Itaú e Bradesco avançavam em torno de 11%, reforçando a trajetória positiva no Ibovespa dado o peso relevante que ambos detêm no índice.