Empresários devem dar mais atenção ao capital de giro

capital de giroDentre os conceitos de gestão financeira, o capital de giro é considerado o de maior relevância para o entendimento dos empresários. Isso por que, o dinheiro do capital de giro é necessário para financiar a continuidade das operações da empresa, para comprar insumos e matérias-primas, para pagar os salários dos colaboradores e manutenção de equipamentos, pagar impostos e demais despesas operacionais.

Um ligeiro descuido neste item, poderá criar uma “bola de neve”, gerando dependência de capital de terceiros e aumentando os custos financeiros. Se o erro não for corrigido, o lucro da empresa passará totalmente para as mãos dos bancos. Ou seja, o empresário trabalha, assume o risco, mas quem realmente sairá ganhando é o banco.

O especialista em gestão empresarial, José Júnior Lima, dá algumas dicas sobre como melhor cuidar do capital de giro. Por exemplo: quanto maior for à venda a prazo, maior será a necessidade de capital de giro, pois desta forma a empresa estará financiando a operação do seu cliente. O mesmo acontece com o estoque de matéria-prima ou mercadoria pronta. Quanto maior for o estoque, maior será a necessidade de capital de giro. Neste sentido, comprar matéria-prima e insumos a prazo reduzirá a necessidade de empréstimos ou de capital de giro, pois a empresa passará a se utilizar do capital do fornecedor que estará financiando a sua compra. E quando a disponibilidade de capital de giro é pequena, a empresa tende a atrasar os pagamentos ou então terá que recorrer a operações de crédito, fazendo empréstimos ou trocando duplicatas. Só que isso vai gerar um custo financeiro, que vai pesar no caixa.

O que eu tenho visto com muita frequência diante da falta de clareza e apavorados pela crise, muitos empresários têm adotado medidas erradas. Ou seja, tomados pela emoção, não conseguem visualizar todo o quadro desenhado à sua frente e acabam dispondo de algum patrimônio para colocar mais dinheiro na empresa sem fazer os ajustes necessários no seu ciclo financeiro. Com o passar do tempo, o capital aportado é gasto, gerando novas necessidades de dinheiro. É quando então começa o ciclo do prejuízo, que fatalmente levará a empresa à falência.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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