Empresários devem dar mais atenção ao capital de giro
Dentre os conceitos de gestão financeira, o capital de giro é considerado o de maior relevância para o entendimento dos empresários. Isso por que, o dinheiro do capital de giro é necessário para financiar a continuidade das operações da empresa, para comprar insumos e matérias-primas, para pagar os salários dos colaboradores e manutenção de equipamentos, pagar impostos e demais despesas operacionais.
Um ligeiro descuido neste item, poderá criar uma “bola de neve”, gerando dependência de capital de terceiros e aumentando os custos financeiros. Se o erro não for corrigido, o lucro da empresa passará totalmente para as mãos dos bancos. Ou seja, o empresário trabalha, assume o risco, mas quem realmente sairá ganhando é o banco.
O especialista em gestão empresarial, José Júnior Lima, dá algumas dicas sobre como melhor cuidar do capital de giro. Por exemplo: quanto maior for à venda a prazo, maior será a necessidade de capital de giro, pois desta forma a empresa estará financiando a operação do seu cliente. O mesmo acontece com o estoque de matéria-prima ou mercadoria pronta. Quanto maior for o estoque, maior será a necessidade de capital de giro. Neste sentido, comprar matéria-prima e insumos a prazo reduzirá a necessidade de empréstimos ou de capital de giro, pois a empresa passará a se utilizar do capital do fornecedor que estará financiando a sua compra. E quando a disponibilidade de capital de giro é pequena, a empresa tende a atrasar os pagamentos ou então terá que recorrer a operações de crédito, fazendo empréstimos ou trocando duplicatas. Só que isso vai gerar um custo financeiro, que vai pesar no caixa.
O que eu tenho visto com muita frequência diante da falta de clareza e apavorados pela crise, muitos empresários têm adotado medidas erradas. Ou seja, tomados pela emoção, não conseguem visualizar todo o quadro desenhado à sua frente e acabam dispondo de algum patrimônio para colocar mais dinheiro na empresa sem fazer os ajustes necessários no seu ciclo financeiro. Com o passar do tempo, o capital aportado é gasto, gerando novas necessidades de dinheiro. É quando então começa o ciclo do prejuízo, que fatalmente levará a empresa à falência.