Crise brasileira não reduz negócios com empresas italianas

A crise econômica que o Brasil vem atravessando há mais de dois anos não reduziu os negócios das empresas italianas instaladas no País. Foi o que me garantiu o presidente da Câmara Ítalo Brasileira de Comércio e Indústria do Paraná, Francesco Pallaro, que reuniu nesta quinta-feira os seus 140 associados num almoço empresarial, em parceria com o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). O objetivo do encontro foi gerar oportunidades de negócios, bem como estreitar as relações com os empresários paranaenses.
Francesco Pallaro me disse que este é um bom momento para os italianos investirem no Brasil, uma vez que eles continuam confiando no nosso País e os resultados dos investimentos sempre acontecem no longo prazo. Segundo o presidente da Câmara Ítalo Brasileira de Comércio e Indústria do Paraná, a preferência das empresas italianas pelo Brasil é por que elas são muito parecidas com as nossas. Ou seja, a maioria são pequenas empresas e se identificam muito com o nosso mercado, além do que, temos um grande mercado consumidor, formado por mais de 200 milhões de pessoas. Só para se ter uma ideia, entre as empresas estrangeiras que operam no Brasil, as italianas ocupam o segundo lugar em número, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Estão instaladas hoje no Brasil 1.280 empresas de capital italiano, sendo que 10% desse total têm como sede o Paraná. A maioria pertence aos setores metalmecânico e alimentício.
Ainda durante o encontro empresarial, o diretor administrativo do BRDE no Paraná, Orlando Pessuti e a gerente de Planejamento do banco em Curitiba, Lisiane Maldaner Astaritã, falaram sobre as oportunidades de negócios e condições de financiamento do BRDE.
O banco que em 2015 registrou lucro líquido de mais de R$ 262 milhões, o maior da história da instituição em seus 55 anos, e conta com quase 35 mil clientes ativos nos três estados do Sul e Mato Grosso do Sul, oferece várias linhas de financiamento ao empresariado, com prazos que variam de oito até 20 anos. Entre os destaques do BRDE está a diversificação das fontes de recursos. O banco não é apenas um repassador de dinheiro do BNDES, mas também da Finep, FGTS e Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO), com operações relevantes na área de inovação e infraestrutura.