Holding é alternativa para tempos de crise

O Brasil está atravessando um período de recessão que afeta todos os setores da economia. É um momento desafiador em que as empresas terão que se organizar de maneira eficiente visando não apenas a redução de custos e despesas, como também estruturando o patrimônio pessoal e empresarial, evitando perdas.
As holdings são boas alternativas nesses tempos de crise por serem estruturas societárias criadas para controlar outras empresas do grupo ou até mesmo administrar bens de pessoas físicas e jurídicas. “Elas são excelentes instrumentos não só de organização e proteção patrimonial, como também de controle, gestão, eficiência tributária e planejamento sucessório”, afirma a advogada Monique de Souza Pereira, sócia do escritório Souza Pereira Advogados em Curitiba.

Elas possuem como principal objetivo segregar e controlar o patrimônio, de forma que os bens venham pertencer a uma pessoa jurídica e não mais à pessoa física dos sócios, separando de forma eficiente e organizada o que pertence à empresa e o que pertence ao sócio, evitando, com isso, penhoras sobre o patrimônio pessoal do sócio por dívidas da sociedade operacional.

Segundo a advogada, a gestão das empresas operacionais e do patrimônio pessoal dos sócios se torna mais organizada e transparente com as holdings. “Como elas terão regras claras de variados assuntos, dentre eles, governança corporativa, sucessão e estabilização de conflitos, fica mais fácil fazer a administração.”

Problemas familiares corriqueiros e frequentes também colocam em risco patrimônios pessoais e empresariais, tais como, separações, divórcios, falecimento de sócios de empresas, falecimento de cônjuge de sócios. “Nesses casos, as holdings servem como mecanismos de estabilização de conflitos, evitando a pulverização de quotas de empresas que geralmente enfraquece o controle dos sócios. Evitam ainda o condomínio de bens imóveis entre sucessores e herdeiros, o que frequentemente acaba engessando decisões quanto aluguéis, vendas e outras negociações sobre o bem, uma vez que dependerá da anuência de todos os condôminos, os quais nem sempre estarão de acordo”, destaca a advogada.

“A constituição das holdings, aliada a outras ferramentas jurídicas em tempos de crise, é uma alternativa essencial para preservar e organizar o patrimônio pessoal dos sócios e das empresas, evitando que problemas não previstos causem prejuízos imensuráveis e irremediáveis”, completa Pereira.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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