Trabalho Voluntário ganha força no mundo corporativo

voluntariadoJá há algum tempo, o trabalho voluntário deixou de ser uma opção pessoal ou de motivação religiosa, e passou a fazer parte do cenário corporativo. De concreto se pode dizer que o voluntariado empresarial melhora significativamente o engajamento e o desempenho dos colaboradores, promove uma imagem positiva da empresa, fideliza consumidores e estreita a relação com a comunidade, maximizando consequentemente os resultados econômico-financeiros do negócio.

O voluntariado empresarial é também mais do que uma prática de filantropia corporativa, como qualificam alguns autores. A gente pode dizer que é é um modo de investimento social empresarial. Por exemplo, a empresa pode vincular seu programa de voluntariado ao marketing social, associando suas práticas à educação, saúde, meio ambiente ou qualquer outra causa que a empresa apoie.

Pelas circunstâncias especiais que envolvem o trabalho voluntário, ele permite ao indivíduo que o pratica o desenvolvimento de determinadas habilidades e competências valiosas para os negócios. Neste sentido, não é à toa que em entrevistas de emprego, candidatos precisem responder a perguntas sobre se eles realizam ou possuem experiências em trabalho voluntário. Também algumas pesquisas têm demonstrado que funcionários voluntários são mais produtivos, de modo que a experiência com voluntariado se torna um critério interessante na atração de talentos, não apenas por revelar a consciência social do candidato, mas também por assegurar importantes capacidades e habilidades do profissional. Além disso, a realização de um trabalho gratuito para servir a uma causa humanitária ou ajudar outras pessoas reforça o espírito de servir ao cliente, que aliás é a razão de ser de todo o negócio.

A Harvard Management Update relaciona alguns benefícios que o trabalho voluntário traz para o profissional e consequentemente para a empresa que o contrata:
– Formas diferentes de aprender a gerir: o serviço voluntário oferece novas e diferentes formas de gestão ao colocar o indivíduo em um ambiente diferente e que simula um laboratório, favorecendo o a habilidade de desenvolver pessoas e de ousar com menores riscos;
– Oportunidade de ir aonde vão os negócios: talvez mais importante que aprender habilidades de gestão, é a oportunidade de aprender novas habilidades essenciais ao local de trabalho. No ambiente voluntário, a liderança é distribuída e colaborativa. As pessoas não são obrigadas a seguir o líder; o fazem por motivação, pois estão envolvidas com as outras e com o objetivo comum – uma verdadeira organização de cidadãos;
– Um bom exemplo de como começar: oportunidades como chefiar uma reunião, trabalhar sobre o orçamento e liderar esforços de marketing podem ser tarefas iniciantes e qualificadoras para o curriculum de quem nunca teve experiência em empresas;
– O poder de dar poder: o serviço solidário confere um sentido de poder e de obrigação mais profundo, um ganho de confiança e uma aprendizagem de novas habilidades, gerando confiança e foco altruísta;
– Alargamento de visão: a exposição a um conjunto mais diversificado de indivíduos, opiniões e problemas, amplia a visão de mundo do voluntário;
– Diversas formas de diversidade: ao vivenciar novas realidades, o indivíduo não se deixa isolar dos assuntos políticos e das realidades da vida e da comunidade que afetam o seu negócio;
– Eliminar barreiras invisíveis: o voluntariado é uma forma de conhecer pessoas, facilitar a entrada em um meio social e eliminar muitas barreiras invisíveis de ser considerado um forasteiro;
– Não só é bom, mas também faz bem: o comportamento altruísta é geralmente associado a uma boa saúde física e mental. Um estudo com 53 líderes descobriu uma correlação entre o altruísmo e uma esperança de vida mais prolongada.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *