Negócios digitais devem propiciar uma vida mais eficiente para que as pessoas tenham mais tempo de conviver com quem lhe agrada
Atualmente, mais da metade dos brasileiros estão conectados na internet. Não é à toa que o e-commerce no Brasil cresce cada vez mais. No Natal do ano passado, o setor faturou R$ 8,7 bilhões, crescimento nominal de 13% na comparação com os R$ 7,7 bilhões registrados no mesmo período de 2016. De acordo com o coordenador do curso de Negócios Digitais da FGV, Antonio André Neto, quem almeja entrar em um novo empreendimento, seja ele digital ou de cimento e tijolo, precisa responder às seguintes perguntas:
1- Qual será a nossa Proposta de Valor?
Proposta de Valor é a descrição do “Pelo que” pessoas vão pagar? O que vamos entregar para nossos clientes em troca do pagamento que receberemos.
2- Qual será o Modelo de Negócio?
O Modelo de Negócio descreve em detalhes “Como” o valor será entregue aos clientes.
3- Quem serão nossos Clientes?
Quem, como, quando e de que maneira pessoas podem se tornar nossos clientes.
4- Quem serão os Stakeholders do novo empreendimento?
Stakeholders são todos aqueles que podem ajudar a criar o novo negócio e também aqueles que podem dificultar sua criação. Por exemplo: potenciais clientes, eventuais sócios, colaboradores, fornecedores, distribuidores, varejistas, financiadores, investidores, concorrentes, órgãos reguladores, entre outros.
5- Terei a determinação e serei capaz de motivar pessoas a “Entrarem nesse barco” comigo?
A determinação e a capacidade de motivar pessoas são as principais forças motrizes de todos os empreendedores de sucesso.
Além disso, o professor alerta que não se pode esquecer que a tecnologia, seja ela aplicada para negócios web, mobile, ou em dispositivos usáveis, é uma facilitadora, um meio para unir pessoas. “Quando a tecnologia ajuda as pessoas a comprar, a trabalhar, a aprender, ela deve estar proporcionando uma vida mais eficiente, com atividades que consumam menos tempo das pessoas, para que elas possam passar mais tempo com quem elas gostam. Por isso que as novas ciências aplicadas às áreas de marketing digital, design de soluções ou no uso de inteligência artificial (Customer Centricity, Customer Experience Design, Customer Experience Management, Data Analytics) só ajudarão a criar empresas de sucesso quando utilizadas para tornar as pessoas mais felizes”, conclui.