43% dos executivos de negócios admitem vender dados de seus consumidores

43% dos executivos de negócios admitem vender dados de seus consumidores

De acordo com pesquisa sobre o nível de confiança em serviços digitais, quase metade (48%) dos executivos entrevistados afirmam que suas organizações estiveram envolvidas em violações de dados e 43% dos líderes de negócios admitem que vendem informações pessoalmente identificáveis (PII na sigla em inglês). As informações são do relatório Global State of Digital Trust Survey and Index 2018, encomendado pela CA Technologies e realizado pela Frost & Sullivan,que analisou as opiniões de consumidores, profissionais de cibersegurança e executivos sobre confiança digital.

De acordo com o estudo, apenas 15% dos profissionais de cibersegurança pesquisados estavam cientes da venda de dados pessoalmente identificáveis, enquanto 90% das organizações afirmaram que oferecem forte proteção dos dados dos consumidores. Contudo, foi observada uma diferença de 14% entre o Índice de Confiança Digital dos consumidores (61%) e a percepção dos executivos e profissionais de cibersegurança (75%) nesta confiança, demonstrando visões incompatíveis da realidade.

“No último ano percebemos um crescimento na consciência do consumidor digital. A nova Lei Geral de Proteção de Dados do Brasil reforça a importância de melhorar a cibersegurança e impulsiona as empresas a se preocuparem e adaptarem às novas normas, principalmente porque os usuários estão mais exigentes em relação à proteção de suas informações pessoais e confidenciais e querem se associar a produtos e serviços alinhados com seus valores”, comenta Julio Carvalho, diretor de Cibersegurança para América Latina na CA Technologies.

Quase metade dos consumidores (48%) relata ter abandonado os serviços de uma organização envolvida em uma violação de dados divulgada publicamente. De acordo com Carvalho, no mundo digital, os consumidores esperam que uma boa experiência do usuário seja acompanhada por segurança e privacidade. “A confiança é passageira se as organizações não adotarem o processo para evitar que os dados dos consumidores caiam em mãos erradas. O sucesso na economia digital exige a adoção de uma mentalidade de segurança em primeiro lugar e a perda de confiança digital impacta diretamente todos os aspectos de um negócio e na percepção da marca'”, conclui.

As respostas da pesquisa mostraram que o Índice de Confiança Digital global de 2018 é de 61 pontos, considerando o total de 100 pontos. Esse índice mede a confiança dos consumidores pesquisados na capacidade ou no desejo das organizações de proteger totalmente os dados dos usuários. O índice foi calculado com base em diferentes sistemas que medem os principais fatores relacionados à confiança digital, incluindo o nível de inclinação dos consumidores para compartilhar dados pessoais com as organizações e o nível de proteção de dados garantida pelas organizações.

Este relatório é publicado em um momento crítico, pois os consumidores realizam cada vez mais transações online – seja para trabalho, lazer ou diversão – proporcionando às organizações o acesso a grandes quantidades de dados, desde perfis de consumidores e informações pessoais a hábitos e comportamento dos usuários. Com esse crescente armazenamento de dados, também vem uma responsabilidade maior de protegê-los contra o abuso de fontes internas e externas.

“Estamos numa encruzilhada na era da informação, pois mais empresas estão em destaque por não protegerem os dados que armazenam. Com essa pesquisa procuramos entender como os consumidores se sentem com suas informações pessoais nas mãos das organizações e como as organizações veem seu dever de proteger esses dados”, diz Jarad Carleton, diretor de Cibersegurança da Frost & Sullivan. “O que a pesquisa constatou é que certamente existe um preço a pagar quando se trata de manter a privacidade das pessoas, não importa se você é um consumidor ou gerente de uma empresa que lida com dados de clientes. O respeito pela privacidade do consumidor deve ser um pilar ético para qualquer companhia que coleta dados de usuários.”

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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