Perfil da mulher investidora no mercado financeiro está mudando

Perfil da mulher investidora no mercado financeiro está mudando

As mulheres avançam em várias áreas do mercado de trabalho e do conhecimento, mas ainda são minoria no mercado financeiro, embora invistam mais do que em épocas anteriores. Para o sócio-proprietário da Goldrock Investimentos em Curitiba, Paulo Trauchinski, a questão é cultural, mas está mudando. “Os dados do IBGE mostram que mais de um quarto dos domicílios brasileiros está sob o comando exclusivo das mulheres e recorrer a investimentos financeiros para incrementar a renda da família pode ser uma boa saída para elas também”, avalia.

Dados recentes do Tesouro brasileiro mostram que apenas 25,2% investem em Tesouro Direto, e na Bolsa de Valores – a B3 – esses números caem para 11,08%. No entanto, em 2002, a presença feminina era menor no Tesouro Direto e contava com 7,6% das mulheres. No final de 2016, o Tesouro computou 271,5 mil mulheres cadastradas contra 854,7 mil homens. Trauchinski acredita também que o fato de as mulheres ganharem menos que os homens, faz com que elas tenham um orçamento menor para investir no mercado financeiro.

Perfil

Na avaliação do sócio-proprietário da Goldrock Investimentos, a mulher brasileira é mais conservadora do que os homens quando investe no mercado financeiro e opta por investimentos de baixo risco. Mas, em contrapartida, ele cita uma pesquisa com investidores não profissionais, apontando que as mulheres costumam ganhar mais na Bolsa de Valores do que os homens. “Isso acontece porque os homens têm o hábito de fazer giro nas carteiras devido ao seu excesso de confiança, gerando alto custos de corretagem; já a mulher é mais prudente”, afirma Trauchinski.

Na Goldrock Investimentos, o perfil das mulheres investidoras é bem diversificado e vai desde ao conservador até ao mais arrojado. “Como o mercado financeiro é como uma escola, à medida que o conhecimento das mulheres vai aumentando, elas se sentem mais seguras para buscar investimentos mais sofisticados e rentáveis”, diz Trauchinski. É o caso da proprietária da Clínica Cefit, a fisioterapeuta Michelle Azolin, 40 anos, que começou a investir seu dinheiro no mercado financeiro no ano passado com um perfil conservador e hoje é mais arrojada em suas aplicações. Investe hoje em dez carteiras com saldos conservador, médio e arrojado.

Michelle conta que deixou por muito tempo seu dinheiro parado em poupança e começou a buscar informações sobre rentabilidade. Pesquisou muito, ficou mais confiante e procurou uma corretora. “No Brasil, o investimento em mercado financeiro é baixo por uma questão de cultura. Nós temos medo de perder dinheiro, porque nossa política no passado não era muito segura. Ainda dá medo porque não sou do ramo, mas a com ajuda profissional e estou ficando cada vez mais confiante”, sentencia Michelle.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná.Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social.Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos.Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas.Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005).Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *