Portabilidade de crédito é uma boa estratégia para redução de custos das empresas

Portabilidade de crédito é uma boa estratégia para redução de custos das empresas

Apesar da portabilidade de crédito estar em vigor há mais de cinco anos, e ser uma boa opção para a redução de custos, muitos empresários ainda desconhecem esta estratégia ou não sabem como utilizá-la. Vale lembrar que a portabilidade consiste na transferência da operação de crédito de uma instituição financeira para outra. Nas operações estão incluídos os empréstimos, financiamentos, previdência pública ou privada, dívidas com cartões de crédito e até crédito imobiliário.

A ideia é que com a portabilidade, a nova instituição financeira garanta à empresa taxas e condições mais favoráveis para o pagamento da dívida contraída. O principal aspecto a ser considerado pelos empresários que desejam fazer a portabilidade de suas dívidas são as taxas de juros, avaliando se elas são vantajosas ou não. Mas esse não é o único componente da conta a ser analisado. Os empresários também devem se lembrar que a nova instituição financeira pode cobrar tarifas para abertura de crédito, cadastros e outros encargos. E esses custos ocultos podem tirar a vantagem estratégica da operação.

Dessa forma, é importante que, antes de solicitar a portabilidade de crédito, os empresários analisem todo o pacote de serviços para garantir que os juros mais baixos compensam, realmente, o pagamento das demais taxas. Uma das melhores formas de deixar isso claro é fazer simulações, que tornarão os valores mais concretos.

Principal vantagem

A principal vantagem da portabilidade de crédito é a transferência de uma dívida para outra instituição que apresenta custos menores. Por exemplo, digamos que a empresa tem uma dívida com cartão de crédito. A empresa pode usar essa estratégia, negociando com uma outra instituição para que ela quite a dívida e a empresa pagará com condições melhores. O exemplo do cartão de crédito é interessante, inclusive para as pessoas físicas, porque esse tipo de financiamento tem altos juros, e fazer uma troca de dívida nesse caso pode ser bem vantajoso.

Renegociar o financiamento de um imóvel por meio da portabilidade de crédito também vale a pena. Uma queda de apenas meio por cento ao ano, por exemplo, pode representar uma diferença significativa nos valores pagos mensalmente. Isso ocorre porque esse tipo de financiamento se estende por muitos anos.

Neste sentido, a portabilidade de crédito vale mais a pena para operações de longo prazo e de altos valores, pois qualquer dedução, por menor que seja, terá um impacto muito grande no final. E o interessante é que, se o financiamento ou empréstimo for antigo, é possível conseguir propostas ainda melhores, uma vez que as taxas de juros eram bem maiores no passado do que hoje.

A vantagem da portabilidade não está somente nos valores. Em muitos casos, usuários reclamam de problemas de má qualidade no atendimento da instituição atual ou dificuldade no acesso às informações. A troca de instituições dá a oportunidade de ingressar em um novo relacionamento mais produtivo, de melhor qualidade e com custos menores ou iguais. E mesmo que sejam um pouco maiores, talvez ainda valha a pena se as condições forem melhores.

Como transferir a dívida

Para fazer a portabilidade de crédito é necessário ter um bom planejamento, paciência e pesquisa para encontrar melhores condições. Confira alguns passos necessários que deverão ser seguidos:
• Solicitar o valor total da operação do crédito na atual instituição (lembrando que o valor transferido será o restante da dívida);
• Procurar instituições que estejam dispostas a quitar a dívida e aceitar a portabilidade, reunindo todos os custos envolvidos (principalmente o CET — Custo Efetivo Total, que abrange não somente os juros, mas também outras taxas);
• Fazer comparações entre as propostas apresentadas por meio da análise do CET — esses valores mais competitivos serão a base para você negociar com a sua atual instituição;
• Apresentar as melhores propostas concorrentes;
• Caso a sua instituição atual não ofereça uma oferta melhor, deve-se migrar para a que fornecer condições mais vantajosas;
• Informar os dados para a nova instituição;
• Depois é só aguardar, pois o restante dos processos será feito entre as instituições.

Prazo para obter as informações

Segundo o Banco Central, a instituição original tem até cinco dias úteis para apresentar uma contraproposta. Caso o empresário não aceite, a instituição financeira passará todas as informações ao novo banco para a finalização da portabilidade.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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